Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), elogiou o afastamento de Antônio Palocci do Ministério da Fazenda. Mas acredita que a decisão demorou para ser tomada e que só aconteceu após o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, tê-lo citado em depoimento à Polícia Federal.

"O ministro ia tentar se sustentar em cima de tantas denúncias, de tantas provas e de tantas mentiras, que foi o depoimento dele na CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] dos Bingos", disse Maia. "Mesmo assim, Palocci ficou até o dia em que o presidente da Caixa foi indiciado e entregou o ministro para futuro indiciamento", disse Maia.

Em relação ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Maia disse que ele é "banho maria". "Foi ministro do Planejamento e nada de importante ou relevante aconteceu. Foi presidente do BNDES de forma igual, tudo muito lento, muito devagar, tudo como se o governo estivesse esperando o tempo passar. Agora, na Fazenda será a mesma coisa", disse Maia.

Segundo Maia, a escolha de Mantega ocorreu porque os banqueiros e o mercado financeiro vetaram o senador Aloisio Mercadante (PT-SP) e "se escolheu um ministro com o perfil de um homem que vai levar o Ministério da Fazenda em banho maria até acabar o governo".