Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na segunda edição do Dia Nacional Contra a Baixaria na TV, os organizadores da campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" promoveram um debate entre especialistas, parlamentares, promotores e representantes do Executivo sobre a qualidade da programação televisiva. Com o slogan "Sintonize a Ética na TV", o debate foi transmitido por emissoras públicas de rádio e televisão.
Um dos participantes, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Lalo Leal, propôs a criação de um órgão regulador que possa fazer o controle social da programação. "A campanha contra a baixaria atua no vácuo legal, fazendo o papel que um órgão regulador deveria exercer", disse o pesquisador. "Mudar de canal não é suficiente para o telespectador. A programação da tevê é muito parecida em praticamente todas as emissoras", afirmou.
Outro debatedor, o presidente do Conselho da TV Cultura de São Paulo, Jorge Cunha Lima, sugeriu que o país invista mais nas emissoras educativas, repassando a elas até mesmo parte das verbas destinadas à educação. "As crianças passam mais tempo em frente à televisão do que na escola", lembrou Lima. "A TV pública precisa ser uma alternativa de peso ao sistema adotado pelas emissoras comercias de audiência universal. Para seduzir todos os segmentos do público o tempo todo, elas acabam baixando o nível."