Organizações não-governamentais discutem quebra de patentes de anti-retrovirais

05/09/2005 - 21h33

Curitiba, 5/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - A quebra de patentes dos anti-retrovirais foi o tema dos debates de hoje (5) dos 700 ativistas que participam do 12º Enong (Encontro Nacional de Organizações não-governamentais/Aids). O chefe da Unidade de Articulação com a Sociedade Civil e Direitos Humanos do Ministério da Saúde, Roberto Brandt, informou que o orçamento geral para DST/AIDs está em torno de R$ 1,2 bilhão e a maior parte desses recursos é gasta com a compra de anti-retrovirais para as 163 mil pessoas atualmente em tratamento.

Em passeata pelas ruas centrais da capital, os participantes do Enong buscaram o apoio da população para solicitar ao governo federal que agilize o licenciamento compulsório de alguns dos medicamentos desse tratamento. Os ativistas representam 500 organizações não-governamentais que trabalham com prevenção ou assistência às pessoas que vivem com HIV/Aids.

O encontro prossegue até quarta-feira (7) e conta ainda com a participação de 376 delegados, 122 voluntários e 56 convidados.

Nas mesas-redondas realizadas hoje, foram discutidas as ações de cada região brasileira diante do avanço da epidemia. Segundo a diretora adjunta do Programa DST/Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, as estatísticas indicam que para cada homem infectado existe 1,5 mulher infectada. E que apesar de a doença ainda estar concentrada nas grandes áreas urbanas, em 70% dos municípios existe o registro de pelo menos um caso de Aids.

A diretora destacou o reconhecimento internacional às ações de prevenção e tratamento realizadas no Brasil, incluindo a organização de uma rede assistencial para o diagnóstico precoce.