Carta de Porto Alegre: seguros agrícola e emergencial são essenciais nas políticas de combate à fome

02/07/2005 - 19h22

Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - Representantes de governos e de entidades que participaram do Seminário Internacional de Seguro Emergencial e Seguro Agrícola divulgaram neste sábado a Carta de Porto Alegre, que reafirma "a necessidade, tanto de seguro agrícola, quanto de seguro emergencial como política essencial de combate à fome, especialmente nos países em desenvolvimento". O compromisso prevê ainda a aplicação de recursos dos governos do Brasil e Espanha, do Fundo Mundial de Alimentos (FMA), ONU e também do Fundo Interamericano de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

O representante do Fida, Jean Jacques Gariglio, afirmou que o Fundo está iniciando um amplo projeto de apoio aos pequenos agricultores do Mercosul. Para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e um dos coordenadores do Seminário, Guilherme Cassel, a Carta de Porto Alegre significa um reconhecimento de que as políticas de seguro agrícola e seguro emergencial são fundamentais em qualquer programa de combate a fome.

"Deverá ser elaborada uma agenda de trabalho, como uma pesquisa de impacto, por exemplo, para avaliar o resultado dessas políticas. O Brasil está vivendo agora a primeira experiência com o seguro agrícola, criado para socorrer os atingidos pela estiagem aqui no Sul. Então, o impacto e importância dessa novidade precisa ser pesquisado", concluiu Cassel.

O Seminário foi promovido pelo governos do Brasil e da Espanha, FMA, ONU e Fida, com a participação dos países do Mercosul, Uruguai, Argentina, Paraguai e outros convidados como Colômbia, México, Índia, Etiópia e África do Sul.