Reforma sindical foi uma das bandeiras da festa do trabalhador em São Paulo

01/05/2005 - 18h42

Mylena Fiori*
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A reforma sindical foi uma das bandeiras de luta da Central Única dos Trabalhadores nas comemorações do dia 1º de Maio. "É uma reforma não só de interesse dos trabalhadores, mas da sociedade", disse o presidente da CUT, Luis Marinho, em discurso durante ato político que reuniu sindicalistas, parlamentares e autoridades como os ministros do Trabalho, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, José Dirceu.

A festa do Dia Internacional do Trabalho, que começou às 9 horas com ato ecumênico, segue até às 21 horas com shows e apresentações teatrais. Cerca de 700 mil pessoas ocupam a Av. Paulista desde a manhã deste domingo, segundo estimativa da Polícia Militar.

Marinho defendeu a necessidade de uma reforma que garanta o fortalecimento dos sindicatos. "Precisamos de uma estrutura sindical que não permita um bando de oportunistas, como tem no Brasil inteiro, se aproveitando da atual estrutura sindical em prejuízo da classe trabalhadora", afirmou. O presidente da CUT também defendeu a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, disse que o novo salário mínimo de R$ 300,00 ainda é baixo e enfatizou a necessidade de uma política de recuperação do mínimo.

Para o líder sindical, talvez "a pior maldição" que o governo anterior deixou foram os preços indexados a partir das privatizações. "Esse nó tem que ser desatado. Tem que desatar o nó do exagero dos preços dos setores oligopolizados da economia e o tamanho dos lucros dos banqueiros", disse o presidente da CUT.

*Colaborou Érica Sato