Rio, 13/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os restaurantes especializados em culinária japonesa já estão sentindo uma queda na freqüência, devido ao registro de um caso de difilobotríase na cidade. A doença é provocada por um verme que se desenvolve na carne do salmão e se aloja no intestino do homem, quando se come a carne infectada crua, mal cozida ou mal defumada.
Com a finalidade de levar mais tranqüilidade à população e aos comerciantes, a Vigilância Sanitária Municipal promoveu hoje uma reunião com a única empresa que importa peixes do Chile e os donos de restaurantes japoneses. De acordo com o coordenador da área de alimentos da Vigilância Sanitária, Cláudio Sérgio Bastos, o encontro foi uma forma de explicar os processos necessários para se eliminar o parasita. O único importador de salmão do Rio apresentou todos os certificados obtidos no Chile, na hora da compra do pescado, e explicou como mantém o peixe até a hora da comercialização.
Cláudio Bastos disse que "a reunião foi proveitosa, principalmente porque é uma forma de termos uma aproximação maior com o setor e poder mapear o caminho do salmão comercializado no Rio". O importador lembrou que o Chile comercializou, apenas o ano passado, 85 milhões de toneladas de salmão, sendo que esse tipo de parasita foi descoberto em apenas 2% dos peixes. A empresa que traz o produto para o Rio leva salmão também para os Estados Unidos. E garante que esse tipo de problema é uma preocupação comum a todos.
Os técnicos da Vigilância Sanitária Municipal continuarão a fiscalizar os estabelecimentos até o final da semana que vem, repassando aos comerciantes as normas necessárias para garantir um peixe de qualidade ao consumidor. A principal informação é que o peixe cru deve ser congelado, por um período mínimo de sete dias, a uma temperatura de 20 graus negativos, ou por 15 horas, a uma temperatura de 35 graus negativos. Os peixes cozidos, fritos ou grelhados estão livres do parasita.