Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio de Janeiro, que o acréscimo previsto em quatro anos de 215 milhões de toneladas no transporte de mercadorias no país, será superado em 20%, "fazendo a proporcionalidade das metas de exportação, que estão andando além do que tinha sido programado, e também de importação".

Segundo Furlan, já há sinalizações positivas no sentido da melhoria da logística nacional para que esse crescimento no volume transportado possa ocorrer. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, está interessado em colaborar mais para o desenvolvimento do setor ferroviário, de modo a viabilizar a ligação entre o Centro-Oeste e o litoral, por intermédio da Ferronorte, disse. O BNDES estuda também a agilização de investimentos para outras concessionárias, acrescentou o ministro.

A reativação da fábrica de locomotivas em Campinas (SP), que se acha paralisada por falta de demanda, é uma das metas do governo. O ministério autorizou em 2004 a importação de 16 locomotivas usadas que estão em reforma para ajudar na melhoria da logística. O mesmo ocorre em relação aos portos. Furlan assegurou que a remoção dos gargalos ao comércio exterior é uma das prioridades da sua pasta.

O BNDES apoiará ainda os investimentos na área portuária, garantiu o ministro, "porque isso é do interesse de uma melhora da competitividade do Brasil". O presidente da AEB, Benedicto Fonseca Moreira, defende que os portos, tal como sucede no setor rodoviário, continuem de propriedade do governo, mas tenham sua administração efetuada pela iniciativa privada, representada por entidades de classe, para evitar seu estrangulamento. A terceirização da gestão pode ser uma saída para os portos, que respondem por 95,5% das exportações nacionais, de acordo com dados da AEB.