Rio, 25/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os governos brasileiro e argentino criarão um grupo de trabalho para a formulação de uma política industrial comum no setor de eletrodomésticos. A proposta surgiu durante encontro entre representantes dos dois países, realizado hoje, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na cidade do Rio de Janeiro.
No ano passado, o governo argentino resolveu impor restrições ao comércio com o parceiro do Mercosul, no setor de eletrodomésticos, depois que o Brasil apresentou superávit na balança comercial. Empresários dos dois países também se reuniram hoje, na sede do BNDES, para discutir a importação e exportação de fogões e televisores.
"Na parte de fogões, o acordo feito pelo setor privado tem validade até o meio do ano. A reunião de hoje teve por objetivo definir as diretrizes para a renovação mais adiante", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Márcio Fortes de Almeida.
Na próxima segunda-feira (31), os representantes dos dois países voltarão a se reunir, desta vez em Buenos Aires, para tratar da questão das restrições argentinas às importações brasileiras. "Creio que na reunião do dia 31 sairá um acordo final entre as partes. Negociar é a arte de saber ceder e não de ganhar de cinco a zero", disse Almeida.