Brasília, 6/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar o projeto que cria o Programa Universidade para Todos (ProUni) na íntegra, como chegou do Congresso Nacional. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Tarso Genro, após reunião à tarde com o presidente, no Palácio do Planalto.
O ministro acrescentou que o programa tem 16 mil vagas remanescentes e que desse total, 10 mil são bolsas parciais, de 50%. Para garantir o preencimento de todas as vagas, o governo estuda uma série de alternativas, como a utilização do Financiamento Estudantil (Fies). "Provavelmente, se oferecermos a conexão do Fies com a bolsa de 50%, nós vamos preencher rapidamente as bolsas que faltam. E aí poderemos estender também para aqueles que já entraram no sistema", disse Genro.
O governo estuda ainda prorrogar as inscrições que foram encerradas na última quarta-feira ou modificar algumas regras, como permitir o ingresso de alunos que tenham feito um ou dois anos em escola pública, e não o Ensino Médio completo. "Nós temos uma série de alternativas para trabalhar, para desobstruir essa seleção que nesse primeiro período foi bastante dura. Não só quanto ao mérito como quanto a essas exigências de renda que estão na lei e não serão modificadas, como também em relação às características do aluno", ressaltou o ministro. A intenção, completou, é fazer um esforço para aproveitar todas as vagas.
O ProUni oferece 118.078 bolsas em instituições privadas de ensino superio. O candidato deve comprovar renda per capita de até um salário mínimo e meio por mês, para concorrer às bolsas integrais. Para bolsas parciais, o valor é de até três salários mínimos. Além disso, deve ter estudado em escola pública durante todo Ensino Médio e ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).