Prefeito de Macapá depõe durante mais de dez horas, colabora com a polícia e pode ser solto

10/11/2004 - 21h32

Sândala Barros
Repórter da Agência Brasil

Macapá - Depois de mais de dez horas de depoimento, o prefeito reeleito de Macapá, João Henrique Pimentel (PT) pode ter prisão temporária relaxada, por ter colaborado com a Polícia Fderal, prestando todas as informações necessárias, segundo o advogado de defesa Wagner Gomes.

O depoimento que começou às 11h (12h em Brasília) e terminou às 21h30 (22h30 em Brasília) foi acompanhado por dois advogados do prefeito e dois procuradores federais. João Henrique é acusadode fraude em licitação, com desvio de verba referente a três obras que receberiam recursos federais e que totalizam R$ 9 milhões, das 17 obras irregulares descobertas pela polícia durante a Operação Pororoca.

O prefeito de Macapá é acusado também pela políocia de receber um veículo como propína, no valor de R$ 27 mil, do empresário Luís Eduardo Pinheiro Correia, principal acusado no processo. Amanhã, prestará depoimento o prefeito de Santana, cidade situada a 17 km de Macapá, Rosemiro Rocha (PL), acusado de fraude no Sistema de Administração Financeira (Siafi) do governo federal e de irregulariadades em licitações com desvio de verbas. A Operação Pororoca resultou na prisão de 30 pessoas, das quais quatro já estão cumprindo prisão preventiva decretada pela Justiça Federal.