Inglaterra e França anunciam apoio a vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU

23/09/2004 - 20h51

Paula Menna Barreto
Repórter da Agência Brasil

Nova Iorque - Em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, agora há pouco, o chanceler britânico, Jack Straw, defendeu o ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Ele disse que o Conselho de Segurança tem que ser reformado e ampliado de quinze para 24 vagas. Entre esses 24 membros, devem estar Brasil, Alemanha, Japão e Índia. "O Brasil quase se tornou membro permanente em 1945, a Índia representa um sexto da população mundial e a Alemanha e Japão representam 28% do orçamento da ONU", mencionou.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou agora há pouco nota em que relata o anúncio de apoio público da França, além da Inglaterra, ao ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. Quem manifestou essa posição pela França foi o chanceler Michel Barnier, em discurso na ONU hoje pela manhã.

É a primeira vez que uma alta autoridade britânica declara apoio à candidatura brasileira num dicurso na Nações Unidas, afirma o Itamaraty. Como membros permanentes do Conselho, Inglaterra e França têm poder de veto sobre as decisões do órgão. Os outros três integrantes do Conselho com esse status são China, Estados Unidos e Rússia. A composição ainda espelha o resultado da 2a Guerra Mundial, por isso, potências importantes como Japão e Alemanha (que, aliadas, foram derrotadas no conflito) não integram até hoje esse conselho.

Na terça-feira, Japão, Alemanha, Brasil e Índia, que constituem o chamado G-4, fecharam acordo em reunião em Nova York para apoiarem atualmente o ingresso dos quatro países no Conselho de Segurança, como membros permanentes.

Desde o início do ano, o Brasil ocupa vaga rotativa entre os membros não permanentes no Conselho, o que não dá direito de veto às propostas e resoluções sobre os conflitos mundiais ali votadas.

* Com informações do Itamaraty.