Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A diretora do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HSE), Ana Lipke, admite que o HSE é muito procurado e enfrenta uma demanda grande, ao invés de servir como um hospital especializado, sua função principal. "Como o Sistema Único de Saúde no Rio de Janeiro esta bastante desorganizado, com unidades básicas que ainda não funcionam bem, nós temos uma demanda espontânea que infelizmente ainda acarreta filas", explica.
O hospital atende hoje cerca de 18 mil pacientes por ano e procura adotar formas de gestão para humanizar o atendimento. Lipke participou do 1º Seminário Nacional de HumanizaSUS, em Brasília. "Acredito que 2005 venha com uma proposta mais arrumada de atendimento. Estamos formando um grupo de acolhimento que deve ter médicos psicólogas e assistentes sociais para tentar resolver o problema dos nossos pacientes. Acredito que poderíamos atender bem a população efetuando cerca de 600 mil consultas por ano. É este o nosso objetivo e o que mais perseguimos", diz.
A diretora lembra que desde novembro do ano passado, estudos que vem sendo feitos mostram algumas especialidades como oftalmologia, cardiologia e clinica médica com carência de consultas: não sobra nada no final do dia. Em algumas outras como dermatologia, otorrinolaringologia e endocrinologia existem até falta de vagas.
"Então é preciso estruturar o sistema. Porque assim como sobram consultas em algumas especialidades e sobra em outras, deve ter algumas outras unidades em que há sobras ou falta de consultas em diferentes especialidades".
Para sanar este problema, Ana Spike defende a necessidade de criação de uma Central de Regulação Municipal e Estadual "que marcasse as consultas nos hospitais. Consultas estas que podem ser marcadas por telefone, é até um desejo nosso para que nem sobre paciente nem vagas".