Reformas sindical e trabalhista ficarão para 2005, diz Berzoini

01/07/2004 - 20h34

Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - É necessário ter um ambiente de trabalho no país onde a negociação seja o principal instrumento para a solução dos problemas entre patrões e empregados. Foi o que disse hoje, nesta capital, o ministro do Trabalho, Ricardo Benzoini, sobre a importância da reforma sindical ao participar de debate com empresários do Grupo de Lideranças Empresariais (Lide).

Berzoini informou que a proposta de reforma sindical está em fase de elaboração, e que deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional ainda nesse semestre. Mas ressaltou que o governo está trabalhando com a possibilidade de que a matéria só seja votada em 2005, em razão do calendário eleitoral desse ano.

"Se dependesse só do governo, do Poder Executivo, nós teríamos o prazer de que (a reforma) fosse votada nesse ano, mas sabemos que o calendário no segundo semestre vai ser pautado pelas eleições municipais", disse.

Sobre a reforma trabalhista, o ministro informou que só será encaminhada depois de ampla discussão com todos os setores envolvidos no Fórum Nacional do Trabalho, espaço para o debate sobre a criação de estrutura sindical moderna, capaz de aperfeiçoar a legislação que regula os direitos sociais dos trabalhadores.

"Empresários, trabalhadores e o governo vão poder colocar o seu ponto de vista e tentar construir consensos. Aguardo que, até o final deste ano, nós possamos concluir o debate para no ano que vem estar apresentando uma proposta que tenha o apoio dos trabalhadores, dos empresários e do governo", afirmou o ministro.