Rio, 6/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A morte de um jovem numa blitz da polícia militar no bairro de Engenho Novo, na zona norte da cidade, se transforma em mais um caso rumoroso, envolvendo policiais militares cariocas. O analista de sistemas Cristiano Ríspoli Barros, de 25 anos, foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça no cruzamento das ruas Alan Kardec e Vinte Quatro de Maio, na noite de ontem, quando voltava de carro de um churrasco, acompanhado da namorada e de uma amiga.
O tiro foi disparado por um soldado da Polícia Militar porque Cristiano não obedeceu ao aceno de parar o carro, na blitz. Os policiais disseram que ao ser abordado o rapaz ainda sacou de uma arma e fez vários disparos contra eles. Um dos soldados então atirou contra Cristiano, que morreu no local.
No carro do analista de sistema, a perícia encontrou um revólver calibre 38, com várias cápsulas deflagradas. O irmão de Cristiano, que por motivo de segurança não quis se identificar, disse que o irmão jamais teve uma arma. As duas jovens que estavam com Cristiano ainda serão ouvidas pela polícia civil que já abriu inquérito para investigar o caso.