Brasília, 30/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo do Distrito Federal transferiu hoje a Secretaria de Saúde para a cidade satélite de São Sebastião, onde cinco pessoas morreram por causa de uma doença ainda desconhecida. Por determinação do secretário de Saúde, Arnaldo Bernardino, a sede da Secretaria permanecerá no local até que seja concluído o diagnóstico da doença. "Vamos ficar aqui até que tudo seja resolvido", afirmou Bernardino.
Órgãos ligados à Secretaria de Saúde, como a Vigilância Sanitária, e a Companhia de Água e Esgotos de Brasília (Caesb) também estão prestando atendimento no local. Durante todo o domingo, agentes da Secretaria distribuíram panfletos educativos com orientações relativas ao uso da água, cuidados com o esgoto e acondicionamento correto do lixo. Os panfletos foram entregues a padres e pastores das igrejas da região para que eles distribuam o material.
De acordo com o secretário, a partir de amanhã (31), serão intensificadas as ações em escolas. Arnaldo Bernardino informou que os agentes de saúde vão percorrer todas as escolas da região fazendo um trabalho preventivo.
Seis pacientes encontram-se internados em observação nos hospitais da rede pública do DF. Os fatores comuns entre as pessoas em observação são febre aguda, há menos de sete dias, acompanhada de dores musculares generalizadas e/ou acompanhada de dificuldade em respirar. Os exames de acompanhamento dos casos internados estão sendo realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF, Evandro Chagas, e Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
Os resultados dos exames estão servindo para orientação e condução das investigações. Em nota sobre a doença, a Secretaria chegou a advertir que pode tratar-se de uma virose. Estão sendo consideradas três hipóteses de diagnóstico, por ordem de prioridade: uma doença causada por Hantavírus, dengue; e leptospirose, que é provocada por uma bactéria.