Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Xangai (China) - A Petrobrás está avaliando em que patamar o preço do petróleo vai se estabilizar, para só então decidir se vai aumentar ou não os seus preços, informou há pouco a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff. A ministra disse que a empresa está sendo cautelosa para que as instabilidades do mercado internacional não influenciem a economia brasileira. "Não podemos submeter a economia brasileira a solavancos. Nós acompanhamos o preço do mercado internacional, achamos que isso é imprescindível, só não podemos fazer todos os ajustes súbitos e voláteis que existem no mercado", disse.
Dilma lembrou que o mercado do petróleo tem um componente especulativo por causa do fundo de commodities. "Os fundos de commodities têm o comportamento extramemente volátil, porque são fundos financeiros", disse, argumentando que o país não pode fazer todo o movimento da sua economia interna, acompanhando um fundo financeiro. "Você tem que acompanhar a alteração efetiva do preço do petróelo. Se de fato você tem um quadro internacional que configure alguma restrição de demanda ou de oferta, ai você toma decisões".
No quadro atual, Dilma avaliou que há pontos negativos e também positivos." Existe, por exemplo, pelo lado dos preços mais baixos a entrada de grandes países na OPEP, sendo ofertante, como a Rússia. No caso da restrição, há problemas no Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita. Outra fator positivo é a estabilização na Venezuela e na Nigéria."
Dilma Rousseff acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua missão à China.