Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Publicado hoje, no Diário Oficial da União, o texto de um projeto de lei que concede auxílio especial aos dependentes legais dos quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego assassinados há um mês em Unaí, Minas Gerais. A mensagem, encaminhada ao Congresso Nacional, concede uma bolsa escolar de R$ 400,00 por mês aos dependentes que ainda estão no colégio ou na universidade e mais um auxílio especial de R$ 200 mil para cada família.
Segundo o ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, com a medida, o governo está dando demonstração de apreço e zelo pelos seus servidores. O ministro disse ainda que está sendo planejada a volta de fiscalização na região, que vai contar com o apoio dos fiscais da Previdência e da Receita Federal. De acordo com Miranda, a fiscalização será seletiva. "Nós achamos que não era o momento de fazer uma grande fiscalização, uma vez que pessoas estão em estado de comoção na região", disse. Para ele, não era adequado apressar a fiscalização, uma vez que a maioria das pessoas é de bem e não explora os outros. "Não há motivo para fazer uma grande devassa", afirmou.
A Polícia Federal informou que, na segunda-feira (1º), será divulgado laudo pericial da cena do crime, feito pelo Instituto Nacional de Criminalística. O ministro disse que é um compromisso do estado brasileiro localizar os culpados. "Todo mundo sabe que não é uma investigação simples e fácil. É gente que contratou pessoas para matar. Não é fácil, mas está sendo feito um trabalho muito sério", garantiu.
Os fiscais Nelson José da Silva, João Batista Soares Lages, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros na manhã do dia 28 de janeiro, enquanto faziam inspeções de rotina para identificar situações de trabalho irregular em fazendas da região.
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