Porto Alegre, 19/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O interesse do governo federal é o de preservar a planta da Parmalat no país, garantindo a produção do setor leiteiro, o consumo do leite, a renda dos produtores e o emprego dos trabalhadores. A afirmação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, ao receber a proposta da comissão criada pelos produtores de leite do Rio Grande do Sul preocupados com uma solução para a planta da empresa italiana no estado.
"Nós olhamos o setor do leite como uma área estratégica do ponto de vista do trabalho e da renda para milhares de agricultores, além do consumo do produto pela a população brasileira", explicou o ministro, ao convocar os produtores a integrar esforços para assumir e compartilhar a capacidade produtiva da Parmalat em Carazinho, no norte do Estado. Segundo Rosseto, o governo não olha com simpatia a possibilidade de uma maior concentração no processo de beneficiamento e distribuição do leite.
"Nós estamos estimulando, e achamos que é saudável, o processo regionalizado e descentralizado de continuidade de operação das unidades no país", afirmou o ministro. Ele informou que dentro dessa estratégia, o Ministério do Desenvolvimento Agrário está estimulando uma integração das cooperativas da região Sul, que têm experiência, conhecimento e capacidade para assumir esse novo empreendimento.
Os integrantes da comissão entregaram ao ministro uma proposta de formato jurídico, modelagem financeira, administrativa e de gestão do empreendimento, para ser desenvolvido no maior complexo na América Latina da Parmalat, em Carazinho. Rosseto informou que vai entregar o documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã, durante a Festa da Uva, em Caxias do Sul.