Brasília, 19/12/2004 (Agência Brasil - ABr) - Por ser filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), o diretor do Departamento de Gestão da Informação e Tecnologia do Ministério do Planejamento, José Geraldo França Diniz, não presidirá mais a comissão de sindicância criada pela Presidência da República para apurar as ações do ex-subchefe da Assessoria de Assuntos Parlamentares Waldomiro Diniz.
A decisão foi tomada pelo ministro da Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Aldo Rebelo, que se reuniu, no Palácio do Planalto, com José Geraldo e os outros dois funcionários públicos nomeados por ele para integrar a comissão. Durante o encontro, José Geraldo apresentou um ofício ao ministro onde declara ser filiado ao PT.
Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Coordenação Política afirma que Aldo Rebelo desconhecia a filiação de José Geraldo. Segundo a Assessoria, o novo presidente da comissão de sindicância ainda está sendo escolhido. A nomeação sairá publicada no Diário Oficial de sexta-feira (dia 20).
Edimar Fernandes de Oliveira, corregedor auxiliar da Corregedoria da Advocacia Geral da União (AGU), e Fernando Luiz Albuquerque Faria, funcionário da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, terão suas nomeações mantidas pelo ministro Aldo Rebelo. Segundo a nota, a comissão irá realizar os trabalhos no Palácio do Planalto, mas destaca que as atividades a serem desenvolvidas "são sigilosas e serão divulgadas apenas na conclusão dos trabalhos", previstos encerrarem em 30 dias.
Aldo Rebelo afirmou que não seriam indicados para compor a comissão de sindicância pessoas que tivessem ligações com os órgãos em que Waldomiro Diniz, exonerado na sexta-feira passada (13) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva devido a denúncias publicadas na revista "Época" de que estaria envolvido com empresários do jogo do bicho. Entretanto, o ministro manteve na comissão Fernando Luiz Albuquerque Faria, mesmo ele sendo funcionário da Casa Civil, cujo titular é o ministro José Dirceu.