Brasília, 28/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - Policiais federais brasileiros tiveram hoje a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a Arma dos Carabineiros italianos (polícia fardada). O general Emo Tassi, vice-comandante Geral da Arma dos Carabineiros, explicou como funciona a Arma, que atua em duas frentes, uma de defesa do estado, subordinada ao Ministério da Defesa, e outra como força policial, ligada ao Ministério do Interior. "A possibilidade de mutação se demonstrou muito válida", explicou o general.
O diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, classificou como importante o intercâmbio entre as diversas polícias. "Hoje o crime assume caráter transnacional nas organizações criminosas. O dinheiro é lavado passando por vários países. Então o intercâmbio de conhecimentos, a troca de informação, a possibilidade de acesso a determinados bancos de dados através da força policial de cada país é algo extremamente importante para combater o crime organizado", afirmou Lacerda.
Ele disse que o Brasil deve conhecer o trabalho desenvolvido na Itália. "Se trata de uma polícia que tem um largo conhecimento sobre determinado tipo de delinqüência, o combate a corrupção foi um êxito na Itália através da operação"Mãos Limpas", e tudo que se falou aqui foi muito bem observado e anotado para que possamos aperfeiçoar os nossos mecanismos de trabalho", ressaltou.
Um dos questionamentos durante a palestra foi sobre o trabalho da polícia italiana no combate a lavagem de dinheiro. O general Emo Tassi disse que não existe uma unidade para recuperar ativos, mas todas as forças policiais e Ministério Público trabalham juntas. O general destacou que os bens de atividades ilícitas de presos por mandatos, também são seqüestrados pelo estado.