Brasília, 2/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os líderes dos partidos a base do governo tentam fechar amanhã o texto da PEC Paralela da reforma da Previdência. A definição do texto é fundamental para convencer a oposição a aceitar a proposta do senador peemedebista Pedro Simon (RS), de derrubar todos os prazos regimentais para aprovar a PEC Paralela até 10 de dezembro. Os senadores do bloco do Governo garantem que faltam apenas alguns ajustes referentes ao subteto e às regras de transição. "O subteto está praticamente solucionado. Faltam as regras de transição, mas isso também está sendo resolvido", disse o senador Paulo Paim (PT/RS).
Paim é um dos interlocutores dos servidores públicos nas negociações com o governo. O senador votou pela aprovação da reforma original porque considerou que a PEC paralela atende os quatro pontos que defendeu, se votada rapidamente. Hoje, Paim participou de uma reunião entre os servidores e o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, no qual foi mantido o impasse entre o que o governo aceita conceder e o que querem os servidores. "O que está na PEC 77 (paralela), o Berzoini aceita. Ele não aceita é ceder mais", explicou o senador.
Os servidores queriam além da paridade plena para os atuais servidores com 20 anos de carreira (a PEC paralela prevê paridade para os atuais com 25 anos de carreira), os servidores reivindicavam regras de transição diferentes das já anunciadas pelo acordo com Paim e a mudança do redutor de pensões de 30% para 20%. "Eu me comprometi com os quatro pontos. Se há alguma coisa a mais não é o que eu acertei", lembrou Paim.
Diante do impasse, o Senado terá que definir o que estará de fato na PEC paralela, pois sabe que só depois disso será possível falar em acordo de procedimentos. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), está otimista. "Vai haver acordo. A receptividade é muito boa e o acordo é inevitável", disse.
A reunião de amanhã está marcada para 9h30.