Rio, 7/11/2003 (Agencia Brasil – ABR ) - Números divulgados pelo diretor-executivo da Fundação CIDE-Centro de Informação do Estado do Rio de Janeiro, Ranulfo Vidigal, mostram que o Rio de Janeiro conseguiu superar de forma consistente a crise registrada entre a década de 80 e a primeira metade dos anos 90.
O aumento da riqueza do estado, medida pelo seu PIB, comprova esse fato, apontou Vidigal. Segundo ele, entre 1996 e 2002, o PIB per capita fluminense cresceu 12,9%, com a forte contribuição de novas áreas de acumulação, como o Médio Paraíba (indústria metal-mecânica), o Norte Fluminense (petróleo e gás) e a Região dos Lagos (turismo). Vidigal avaliou que o desenvolvimento econômico fluminense recente está centrado no dinamismo dos setores emergentes, vindos do interior do Estado do Rio.
Na Região Metropolitana, o dinamismo é liderado pelos municípios do Rio de Janeiro e Niterói, onde predomina a economia de serviços, cultura, turismo, lazer e conhecimento, além de um núcleo exportador de modismo para o país como um todo, disse o diretor executivo da Fundação CIDE.
Outro dado fornecido por Ranulfo Vidigal compara o comportamento do PIB per capita no Estado entre 1998/2001, revelando que os dez municípios mais dinâmicos estão fora da região metropolitana, com destaque para Porto Real, cujo PIB per capita evoluiu cerca de 300% no período, devido à instalação do projeto Peugeot/Citroen.
Tomando por base os dados da pesquisa de emprego e renda do IBGE, a Fundação CIDE observou incremento de 3,45% entre os anos de 1998/2001, contra um cresc imento populacional no período de 3,96%. No item Pessoal ocupado, o maior incremento (33%) foi registrado no Norte do estado, associado ao petróleo, onde a massa salarial subiu 44%.