Edla Lula
Enviada Especial
Calafate (Argentina) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma saída pacífica para a crise na Bolívia. "Temos consciência de que não pode haver intromissão em um país em outro. Nos oferecemos (Brasil e Argentina) para ser parceiros de uma solução para o grave problema político que vive a Bolívia hoje", afirmou Lula. Segundo o presidente, a raiz dos problemas está na injustiça social que marca as crises na América do Sul e na América Latina, com problemas econômicos e problemas sociais quase insolúveis.
Lula salientou que está esperançoso que a saída encontrada para a Bolívia, não privilegie segmentos específicos da sociedade, mas que ajude o povo boliviano a encontrar tranquilidade e paz para construir seu verdadeiro caminho.
O presidente deu as declarações ao deixar, no final da tarde, a cidade de El Calafate, onde almoçou um cordeiro patagônico oferecido pelo presidente argentino, Néstor Kirchner.
Em entrevista coletiva, os dois presidentes reafirmaram o propósito de promover a integração regional. "Queremos integração, não queremos cooptação. Não queremos política de submissão e nem tão pouco o Brasil tem interesse de ter qualquer ato hegemonista contra qualquer país da América do Sul", disse Lula, ao ser questionado sobre a posição contrária do governo argentino à proposta brasileira de ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Lula embarca de volta ao Brasil esta noite.