Rio, 4/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O corregedor-geral da Receita Federal, Moacyr Leão, disse que até o final desta semana pretende entregar ao juiz Alfredo Lisboa, da Terceira Vara Criminal Federal, provas da ligação do esquema de fraudes do Rio, com o esquema do fraudador argentino Arrieta, que atuava em Porto Alegre.

Leão prometeu também para os próximos trinta dias a conclusão da história das fraudes no Rio, por meio de um grande número de provas já catalogadas pela força-tarefa do INSS, Ministério Público e Polícia Federal. Segundo o corregedor, pelo menos 12 pessoas vão trabalhar na devassa fiscal que será feita a partir desta segunda-feira, na Delegacia Regional de Arrecadação Tributária (Denat), local onde segundo o corregedor foram registrados o maior número de fraudes e de fraudadores do esquema de corrupção INSS/RECEITA.

A equipe será chefiada pela auditora Maria Elizabeth, chefe da Divisão de Auditoria da Corregedoria-Geral. Leão revelou que, entre as empresas que participavam do esquema de fraudes, existem algumas do ramo de móveis, metalúrgicas e de Vigilância no Rio.

As provas sobre o esquema fraudulento da Receita, que estão em poder da Polícia Federal, deverão ser analisadas também na Corregedoria. Sobre a vulnerabilidade do sistema, Moacyr Leão acrescentou que já foram tomadas providências para neutralizar todos os dados estranhos à Informática da Receita e do INSS. A Polícia Federal já tem, inclusive, os nomes de todas as pessoas que invadiram o sistema para fins criminosos, concluiu o corregedor.