Brasília, 20/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O passeio de sábado não foi tão tranqüilo quanto Pretinho esperava. O poodle saiu com a sua dona Maria da Penha e a vira-lata Marrom em direção a um posto de vacinação contra a raiva. Chegando lá, o pequeno cachorro virou uma fera. "Ele é um chamego", dizia Maria da Penha. Mas não é o que parecia. Nem os pedidos e carinhos de sua dona o acalmavam. Foi necessário que três homens do Exército, Maria da Penha e uma corda no pescoço o segurassem para finalmente ser aplicada a vacina anti-rábica. "Ele é assim, é temperamental, é escandaloso, mas é um bom cachorro", confessou Penha após a imunização. Já Marrom é um doce, elogiou a dona, que não deu trabalho algum para os cabos do Exército.
Pretinho é um dos 283 mil animais – entre gatos e cachorros – do Distrito Federal. Foi realizada hoje na capital uma campanha de vacinação contra a raiva. A campanha foi dividida por regiões administrativas e começou no dia dois de agosto. Esta é a última etapa de imunização no DF. A intenção foi vacinar 80% da população canina e felina com mais de dois meses de idade. Os últimos casos de raiva em animais domésticos no Distrito Federal foram registrados em 2000, em cachorro e 2001, em gato.
A raiva é uma doença causada por vírus, que ocorre nos mamíferos e pode ser transmitida ao homem pelo animal infectado. É uma doença incurável, sempre fatal, tanto para os homens como para os animais.
O animal com raiva apresenta mudança de comportamento, ficam nervosos, de boca aberta, com baba, apresentam dificuldade para engolir e paralisia nas patas traseiras. No caso dos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco". Se tiver contato com um animal que possua essas características a recomendação é procurar a Gerência de Zoonoses.
Sabendo da importância de se precaver contra doenças, Samuel Melo levou o simpático gato Aramel para vacinar. Mesmo que o animal não saia do apartamento, seu dono é cuidadoso e resolveu levar o gato para ser imunizado. "Para garantir a saúde do animal e a própria saúde da gente, porque a gente fica protegido", concluiu.