Divergências no currículo do curso de Economia levam representantes da área ao MEC

12/09/2003 - 0h12

Brasília, 11/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Representantes de associações e órgãos da área econômica discutiram hoje, com o ministro da Educação, Cristovam Buarque, as Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em economia. O professor José Roberto Barbosa definiu itens polêmicos do parecer 146, que ainda está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE), mas estabelece uma flexibilazação do currículo que deixa a critério das instituições a carga horária das disciplinas e seus conteúdos. "Reivindicamos que seja estabelecido um parâmetro para as disciplinas, de tal modo que uma instituição não possa dar em curso de macroeconomia de dez horas/aula ao longo da formação do aluno", defende o professor.

O ponto mais polêmico do parecer é o estabelecimento da não-obrigatoriedade da monografia da conclusão de curso, substituída por um estágio obrigatório. "A monografia é fundamental. É necessário um trabalho que possibilite ao aluno organizar individualmente aquilo que o curso lhe possibilitou para pensar a sociedade e seu papel no mundo", reitera Barbosa.

O professor defende a manutenção de um currículo mínimo que permita homogeneidade na formação dos estudantes de Economia, conforme estabelecido na resolução 11/84. Esta deliberação define um eixo de formação que compreenda matérias comuns para economistas.

O ministro Cristovam Buarque agendou uma reunião dos representantes com o secretário de Educação Superior, Carlos Roberto Santos, para que sejam debatidos os pontos divergentes do parecer.