Brasília - Está marcado para amanhã, às 10 horas, a sessão da Comissão Especial para votar o relatório do deputado Virgílio Guimarães sobre a reforma tributária.
O PSDB e o PFL que manobraram para adiar a votação de hoje, prometeram não dar trégua na votação de amanhã, apesar de convencidos de que é possível a base governista aprovar o texto do relator Virgilio Guimarães.
O líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia, garantiu que a oposição usará todos os instrumentos regimentais para adiar a votação da matéria, argumentando que a medida em por objetivo reabrir as discussões e alterar a proposta antes da votação na comissão. Mas os líderes da base governista não querem mais adiar a votação e garantem que têm 27 dos 38 votos da comissão. O PFL tem seis integrantes na comissão e o PSDB cinco. Os demais deputados são dos partidos da base e favoráveis à matéria.
O acordo para a votação amanhã foi fechado entre os líderes aliados, o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, e o presidente da Comissão, deputado Mussa Demes.
O vice-líder do Governo, deputado Professor Luizinho, garantiu que o texto do relator será aprovado sem qualquer alteração e que todos os destaques que forem apresentados na comissão serão rejeitados. Ele destacou que após a aprovação na comissão, o diálogo com a oposição, governadores, prefeitos e segmentos empresariais continuará até a votação em plenário. Segundo ele, o processo de negociação será semelhante ao que ocorreu com a reforma da Previdência, quando foi apresentada a emenda aglutinativa que foi aprovada.