Brasília, 20/08/2003 (Agência Brasil - Abr) - O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), garantiu que o relatório da Reforma Tributária, será votado amanhã (21), às 9 horas, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, sem alterações, mas que o governo está amplamente aberto a negociações. "Nós temos garantia do governo de que não haverá modificação na fórmula anterior da CPMF. Portanto, em plenário, o texto será restabelecido", acrescentou. A posição do líder foi manifestada após reunião da base aliada com os ministros chefe da Casa Civil, José Dirceu, e da Fazenda Antônio Palocci, realizada esta noite no Palácio do Planalto.
Já o líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebello(PT-SP), disse que vai buscar acordo de procedimento de negociações dos pontos em aberto na própria base, nos quais serão incorporados os da oposição. "O relatório do deputado Virgílio vai ser aprovado amanhã como ele foi apresentado.A nossa disposição ao final das negociações é apresentar emendas aglutinativas pelos líderes da base com as mudanças negociadas com os governadores, a base aliada e a oposição", ressaltou Rebello.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o texto da Reforma Tributária será votado sem nenhuma alteração na Comissão, mas que esta posição do governo não significa que não esteja previsto algum debate. " O método escolhido pelo governo é o mesmo adotado na Previdenciária. Nós vamos discutir eventuais mudanças, com todos os partidos da base, com segmentos da oposição e com os governadores e vamos decidir isso em Plenário", ressaltou.
A idéia do governo, segundo Beto Albuquerque, é votar o relatório do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), na íntegra, isto por uma questão de método.
"Nós não queremos restringir o debate sobre a amplitude da reforma apenas entre os membros da comissão. Nós queremos fazer esse debate com toda a Câmara", disse o deputado.
A bancada do governo, conforme o vice-líder, vai unida com seus 27 votos na Comissão, com o objetivo de votar favoravelmente ao relatório do deputado Virgílio Guimarães. Segundo Albuquerque, o lugar de mudar o relatório é no plenário da Câmara e do Senado.