Brasília, 18/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Nove pessoas ficaram feridas na rebelião ocorrida hoje, no Centro de de Atendimento Juvenil Especializado (CAJE): cinco monitores e quatro detentos, sendo que somente um menor apresentava ferimentos graves, pois havia levado uma estocada no abdômen
A rebelião começou por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira. Os internos dos Módulos I e II voltavam de uma partida de futebol e fizeram oito monitores de reféns. Ainda pela manhã, quatro deles foram soltos e levados para o Hospital de Base do Distrito Federal com ferimentos leves. Os outros quatro ficaram em poder dos internos durante toda a tarde e foram liberados no começo da noite.
O Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar (BOPE) e o Comando de Operações Especiais da Policia Federal (COE) chegaram a cercar o local, mas não entraram, pois essa era uma das exigências dos menores.
Segundo a Promotora da Vara de Infância e Juventude, Selma Sauerbronn, as principais reivindicações dos menores eram a não-transferência para outro local e a permissão para visitas íntimas. A promotora disse ainda que os detentos fizeram uma lista com dez exigências. Oito foram atendidas imediatamente. Entre os pedidos constavam a melhoria da alimentação, a não-retirada da televisão das celas e duas horas diárias de banho de sol.
Com o fim da rebelião, o Secretário de Ação Social do Distrito Federal, Gustavo Ribeiro, anunciou que as obras do CAJE II serão aceleradas. Esta medida permitirá a transferência de 120 detentos, o que servirá como um paliativo para a superlotação do CAJE I.
(Rafael Gasparotto e Gabriella Lima)