Brasília, 12/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Mais de 300 alunos, bailarinos e professores de dança de vários países do mundo, como Alemanha, Austrália e Canadá, participam, de hoje a 3 de agosto, do Seminário Internancional de Dança, no Teatro Nacional de Brasília. Durante o evento, eles vão trocar experiências, conhecer novas técnicas, além de disputar bolsas de estudo e até prêmios em dinheiro.
Francisco do Nascimento Filho, ou Mestre Nascimento do Passo, 67 anos, diz que o frevo foi o "micróbio" que provocou a queda do muro de Berlim, que dividia a Alemanha em Oriental e Ocidental, e acabou simbolizando o declínio do Comunismo no mundo. Conhecido no Recife pela ligação que sempre teve com o frevo, uma dança frenética praticada só por quem realmente tem força nas pernas, Mestre Nascimento do Passo esteve na Alemanha em 1989, somente alguns meses antes da derrubada do muro. Depois de dançar na Bélgica, Suíça, França, Uruguai Paraguai, o mestre descobre Brasília com o entusiasmo de uma criança. " É a primeira vez que venho aqui e estou radiante com a cidade e com essa experiêcia maravilhosa", disse.
Mestre Nascimento divide com Uyrá Mangueira, 23 anos, uma coreografia para lá de agitada no Seminário Internacional de Dança. O bailarino brasiliense vê no frevo o resgate da auto-estima do povo brasileiro e diz que, por meio da dança, o governo poderia estimular o jovem a consumir mais os produtos nacionais. " Conhecendo e olhando melhor para dentro do Brasil, poderíamos levar o povo a acreditar mais no País", afirma o jovem bailarino. Filho de mãe paraibana e pai sergipano, Mangueira começou a praticar o frevo aos 15 anos, quando "meu corpo começou a dançar sozinho", segundo afirma. Bem pequeno, o bailarino já acompanhava os pais, que praticavam frevo na cidade.
Meio deslocado e com dificuldades em comunicar-se com os demais bailarinos estava o canadense David Raymond, 18 anos, que reclamou um pouquinho por não encontrar com quem conversar em inglês. Mas depois de se aquecer um pouco, já exibia uma coreografia de pequenos contorcionismos e giros, no ritmo do hip hop. "Estou contente de estar aqui", disse.
As apresentações são gratuitas.
Ele participa do Seminário Internacional de Dança, que acontece de hoje a 3 de agosto, no Teatro Nacional. " Começou a dançar quando tinha ape
