CNI projeta crescimento de 1,5% do PIB em 2003

10/07/2003 - 11h14

Brasília, 10/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, hoje, Informe Conjuntural trimestral (abril-junho). Os destaques são o recuo expressivo da inflação e a estagnação da atividade industrial. Além disso, projeta crescimento de 1,5% do PIB em 2003 - contra 1,8% da última estimativa - e o aumento das atividades industriais em 1%.

A inflação, segundo a CNI, está sendo controlada em função de uma política monetária restritiva, além da elevação do aperto fiscal com a fixação do superávit fiscal (receitas menos despesas, exceto pagamento de juros) em 4,25% do Produto Interno Bruto. Por outro lado, tais políticas têm provocado o arrefecimento da economia. A consequência é o alto índice de desemprego, bem como a queda do rendimento médio do trabalhador.

Os resultados da balança comercial - com saldo superior a US$ 10 bilhões no primeiro semestre - e os agronegócios são enaltecidos. Segundo o informe, não fossem esse dois setores a situação da economia estaria pior. No entanto, ressalva que o sucesso nessas áreas, isoladamente, não garante uma retomada consistente e necessária para o país.

O informe da CNI, entretanto, avalia que está se criando condições para a retomada do investimento. Aponta nessa direção a queda substancial do risco-país - agora em torno de 800 pontos. São necessárias, agora, na opinião da CNI, uma boa condução das reformas previdenciária e tributária.

A Confederação Nacional da Indústria acredita, também, no aprofundamento da queda da Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária. Uma prova disso seria a revisão inflacionária realizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2004 e 2005. Isto é, um aceno de flexibilização, o que permite uma política monetária menos restritiva.