Brasília, 10/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os rumos da hemodiálise no Brasil foram discutidos hoje na subcomissão temporária da saúde, ligada à comissão de Assuntos Sociais do Senado. A rede pública do país tem uma demanda de 60 mil pessoas por ano, mas não possui estrutura para atender esse público. Já a rede particular reclama da baixa remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ameaça paralisar as atividades por falta de reajuste.
O Ministério da Saúde garante que a situação não é alarmante e que será liberado este mês um reajuste de 5%, que vai impactar na correção dos procedimentos pagos pelo SUS para hemodiálise. De acordo com o Ministério da Saúde, nos primeiros quatro meses de governo foram credenciados 36 novos serviços, sendo mais de 50% particulares. A expectativa é que o Ministério da Saúde gaste este ano mais de R$ 1 bilhão com o reajuste e os credenciamentos, o que equivale a R$ 350 milhões a mais gastos em 2002. Também foram adquiridas 739 novas máquinas beneficiando 101 serviços.
Segundo o secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, Jorge Sola, a expectativa este ano para políticas de saúde é positiva. "Eu tenho certeza que nós vamos fechar o ano com muito mais serviços funcionando nessa área do que começamos o ano. A política construída pelo Ministério da Saúde não se debruça apenas na atenção prestada à hemodiálise, mas queremos construir uma política integral para o paciente de doença renal", afirmou o secretário.
O Ministério da Saúde quer reverter o quadro atual e fazer com que exista um maior número de serviços atendendo pacientes que ainda não possuem insuficiência renal, evitando assim que mais pacientes venham a precisar de tratamento de hemodiálise. (Nádia Faggiani)