Brasília, 6/4/2003 (Agência Brasil - ABr) - O número de vítimas da guerra é tão alto que os hospitais de Bagdá deixaram de contar quantas pessoas atendem, informou neste domingo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). "Ninguém mais consegue ter estatísticas precisas dos feridos admitidos e transferidos porque os hospitais de Bagdá recebem uma emergência atrás da outra", observou a entidade, em um comunicado à imprensa.
"As ambulâncias estão recolhendo os feridos e transportando-os a toda velocidade para postos de triagem e hospitais", afirmou. "Alguns deles tentam chegar a pé aos hospitais mais próximos".
A CICV, a principal agência de ajuda humanitária que continua no Iraque, não forneceu o número de mortos nem confirmou os totais divulgados pelo Comando Central dos Estados Unidos, que declarou que entre 2.000 e 3.000 combatentes iraquianos morreram no sábado, durante uma incursão de blindados norte-americanos a Bagdá.
"Todos os hospitais trabalham sob pressão e os profissionais de saúde não param", disse a nota. "Apesar da atividade intensa e desesperada, os funcionários dos hospitais continuam tentando controlar a situação". A entidade alertou, no entanto, que os hospitais precisam de mais água urgentemente. Em razão do corte de energia em Bagdá, a maioria dos hospitais e das estações de tratamento de água está funcionando com eletricidade proveniente de geradores de emergência.
A CICV acrescentou que os delegados da entidade que chegaram a Basra, no sul do país, relataram que a situação médica está sob controle e não foram detectadas epidemias. Mas teme o pior para hospitais localizados fora de Bagdá e Basra.
As informações são da CNN com Associated Press.