Ministros lançam em Pernambuco campanha de combate à exploração sexual infanto-juvenil

22/02/2003 - 18h34

Recife, 22/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, acompanhado do ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, e do interino dos Esportes, Francisco Gil Castelo Branco, lançou hoje oficialmente a Campanha Nacional de Combate ao Tráfico Humano e Exploração Sexual Infanto-Juvenil em Pernambuco, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Recife. Compareceram à solenidade o secretário estadual de Defesa Social, Gustavo Lima, e a prefeita de Olinda, Luciana Santos, que em seu discurso disse que Olinda e Recife têm a responsabilidade de desenvolver uma politica de enfrentamento aos indicadores adversos e à violência que atinge mulheres e crianças.

Luciana Santos lembrou que 70% dos homicídios são cometidos por ex-maridos e companheiros. E que fatores que causam a desigualdade, como salários baixos e altas taxas de desemprego fazem com que as mulheres e meninas procurem inclusive falsas alternativas de uma vida melhor, inclusive fora do País. Para a prefeita de Olinda, a inclusão social é um dos mecanismos de combate ao problema.

O ministro Márcio Thomaz Bastos destacou que as polícias Federal e Rodoviária Federal já efetuaram a prisão de muitas pessoas, acusadas de crimes nessa área, e que o Ministério da Justiç, dará continuidade à repressão. Informou que um trabalho de articulação e coordenação já está sendo realizado por Organizações-Não-Governamentais (ONGS) e Organizações Internacionais. "A ação deflagrada no Carnaval junto à que já foi feita não se esgota aí, continuará em caráter permanente, com o objetivo final de erradicar esse crime no Brasil", concluiu o ministro da Justiça.

Na solenidade, Vera Baroni, da ONG DJumbay, representando a mulher negra, entregou uma Agenda de Mobilização Socioeducativa, que fará parte da ofensiva contra a exploração sexual, ao ministro Márcio Thomaz Bastos e à prefeita Luciana Santos.

O ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, explicou que na ação de um conjunto de Ministérios, várias Organizações Internacionais e de ONGs, no Brasil, cabe a sua pasta o combate ao trabalho infantil e por meio de seus auditores e fiscais haverá um esforço concentrado no Carnaval, mas que não se encerrará ao final do período de festa popular. "Conforme determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as políticas não são de Ministérios, elas são de Governo", enfatizou.

Participam da Campanha Nacional de Combate ao Tráfico Humano e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, o Poder Judiciário, Ministério Público Federal, governos estaduais, Embratur, Interpol, Instituto Latino Americano de Direitos Humanos (Idhah) e universidades.