Brasília, 15/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - Hoje e amanhã se realiza a II Taça Exército Brasileiro de Tiro, no Estande de Tiro do Exército no Setor Militar Urbano, em Brasília. As provas que começam às 9h e se estendem até o final da tarde, são a primeira etapa eliminatória do Pan-Americano que ocorrerá na República Dominicana.
São mais de 80 participantes de todo o país, de diversas idades, civis e militares. Segundo Eduardo Oliveira, diretor técnico da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), o nível técnico desta competição foi um dos mais altos dos últimos anos. "Nosso país tem uma tradição muito boa no tiro, nossa primeira medalha olímpica foi justamente nesse esporte, na Bélgica em 1920", lembra Oliveira.
São três modalidades que estão competindo neste fim de semana. O skeet olímpico, em que um disco é disparado e o atirador pode efetuar apenas um disparo, a fossa olímpica, em que o atleta pode dar dois tiros por prato, e o doublé, quando dois pratos são arremessados ao mesmo tempo. Todas as provas usam espingardas de calibre 12 com dois cartuchos. "Os pratos seguem o padrão olímpico. Tem peso entre 100 e 110 gramas, 2,5 cm de altura e 11 cm de diâmetro. Eles são arremessados a uma velocidade de 140 km por hora", explica o diretor da CBTE.
Cada atirador tem seis séries com 25 pratos. Os seis melhores colocados têm mais uma série de 25 pratos para determinar o campeão. O prato é geralmente feito de piche é pó de mármore, mas já há uma versão ecológica feita de xarope de milho, que é absorvido pelo solo. Já as armas são na maioria importadas. "As brasileiras tem melhorado nós últimos tempos e já temos boas munições, mas as armas estrangeiras ainda são mais duráveis", explica o agropecuarista e atirador Luciano Moura, que prática tiro há 26 anos. Ele diz que um bom atirador deve ter grande autocontrole, bons reflexos e treinar bastante.
O Rio Grande do Sul é uma das regiões do Brasil com mais praticantes de tiro. Deste estado veio a publicitária Janice Gil Teixeira, a única mulher que participa da competição deste ano, na modalidade fossa. "Há um certo preconceito com o tiro, pois muitas mulheres acreditam que é um esporte masculino. Mas eu prático há sete anos e adoro competir", declarou Janice. Para ela, os grandes benefícios do tiro esportivo são o aumento da concentração e dos reflexos. Janice já se classificou para o Pan-Americano e agora se prepara para as Olimpíadas.
Site: www.cbte.org.br