Brasília, 3/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - A representante do Fundo de População da Organização das Nações Unidas (Fnuap), Rosemary Barber-Madden, conversou hoje com o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, sobre a formação do Centro Nacional de Análise e Estatística da Saúde e Previdência do Trabalhador, responsável pelo levantamento de dados e estudos sobre saúde, educação e previdência.
Outro ponto discutido foi a prioridade que o governo dará ao registro dos trabalhadores da economia informal e o Observatório do Mercado de Trabalho, um projeto do Ministério do Trabalho que deverá ser ampliado em parceria com o Fundo. De acordo com Barber-Madden, o Fnuap desenvolve o Observatório no Brasil com o Ministério do Trabalho (MT) desde o governo anterior. É um sistema baseado nos dados populacionais que envolvem desenvolvimento sustentável, igualdade de gêneros, previdência, saúde, raça, de perfil demográfico e de trabalho.
Segundo Rosimary, o governo dará prioridade ao registro administrativo como o cartão do trabalhador, o trabalhador e acidentes de trabalho, doenças e óbitos e trabalhadores do mercado informal, muitas vezes à margem dos próprios direitos devido à inexistência de dados. "São 45 milhões de brasileiros trabalhando não formalizados, e nós precisamos registrá-los para criar um perfil de suas necessidades", esclareceu.
Trabalham junto ao Fundo de População, nesse sentido, os ministérios da Previdência, Trabalho, Saúde, Educação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep) e o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada. (Ipea).
Segundo Rosemary, foram apresentadas ao ministro propostas para a realização do Fórum Nacional de Trabalho, que poderá aconter ainda neste semestre, adiantou.