Brasília, 19/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - A jornalista francesa Françoise Giroud, a primeira ocupante da pasta do Ministério para Assuntos da Mulher de seu país, morreu neste domingo, aos 86 anos, após sofrer uma concussão em decorrência de uma queda. Giroud foi redatora-chefe da revista feminina Elle antes fundar, com Jean-Jacques Servan-Schreiber, a revista semanal L'Express, em 1953. Françoise Giroud se destacou em seu país e, em todo mundo, na defesa dos direitos da mulher.
Em 1974, o então presidente Valery Giscard d'Estaing nomeou Giroud para o cargo criado por ele, para tratar dos assuntos femininos. De 1976 a 1977, a ministra ocupou também a pasta do Ministério da Cultura, antes de voltar ao jornalismo. Nos últimos anos a jornalista manteve-se ativa com uma coluna no Le Nouvel Observateur.
Nascida em 21 de setembro de 1916 em Genebra, na Suíça, Françoise Giroud deixou a escola aos 14 anos para trabalhar no cinema, antes de entrar para o jornalismo. Ela cunhou a expressão "nouvelle vague" (nova onda) para descrever os filmes franceses do final dos anos 1950 e início dos 1960.
Uma inspiração para gerações de mulheres jornalistas na França, Giroud era famosa por suas críticas afiadas e por ser espirituosa. Quando perguntada por quanto tempo lutaria por igualdade entre os sexos, a então ministra para Assuntos da Mulher respondeu: "Até que mulheres incompetentes possam se manter em funções importantes, assim como os homens podem". As informações são da CNN.