Brasília, 4/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Saúde abriu hoje no Centro Cultural da Saúde (CCS), no Rio de Janeiro, a mostra A Saúde Bate à Porta. A exposição sobre o Programa Saúde da Família (PSF) faz uma abordagem histórica e educativa desse modelo de atenção básica, que já atende a um terço da população brasileira, enfocando os benefícios do programa.
A mostra, que pode ser visitada até 30 de março de 2003, é composta por quatro módulos. No salão principal estão dispostos 18 painéis e um totem multimídia com informações sobre o programa. No salão lateral, 23 imagens do fotógrafo Rui Faquini retratam o universo de atuação do PSF - a cidade, o interior, as casas e as famílias.
A Galeria 7 de Abril abriga uma casa, cuja ambientação artística foi elaborada pela arquiteta Gisela Magalhães. Cada cômodo retrata um tema abordado pelo agente saúde, como o planejamento familiar, por exemplo. Na Galeria do Muro está exposta a Linha do Tempo, que apresenta a trajetória da saúde pública no Brasil, desde 1500, época do descobrimento, até os dias atuais.
Paralelamente à exposição, haverá uma programação educativa variada com cursos e palestras, exibição de vídeos, oficinas e esquetes teatrais. A entrada é franca. A mostra celebra o primeiro ano de atividades do CCS, que tem como filosofia disseminar o saber na área de saúde de forma dinâmica e interativa.
O Programa Saúde da Família é considerado um modelo de atenção básica à população. Foi criado em 1994, com o propósito de substituir o modelo tradicional de atenção à saúde, incentivando as ações de prevenção. Hoje, 15.867 equipes prestam assistência a 52 milhões de brasileiros em 4.071 municípios.
No programa, equipes constituídas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde atendem, em média, mil famílias de uma determinada comunidade. Durante a visita, os agentes comunitários fazem levantamentos de dados sociais, demográficos e epidemiológicos, o que permite identificar e mapear doenças e situações de risco à saúde. Esse trabalho possibilita que as equipes e a comunidade possam juntas traçar estratégias para a solução de problemas.
Em março de 2001, equipes de saúde bucal, formadas por dentista, técnico em higiene bucal ou atendente de consultório dentário, foram incorporadas ao PSF. Hoje já são 3.645 equipes atuando em 1.995 municípios.
As ações do PSF nas comunidades já modificaram índices de saúde. Contribuíram, por exemplo, para a redução da mortalidade infantil, para o aumento da quantidade de gestantes que chegam saudáveis ao parto, para a melhora na qualidade de vida dos idosos e para a sensível diminuição das filas nos hospitais da rede pública de saúde. Esse trabalho também tem reflexos positivos no acompanhamento de hipertensos e diabéticos, bem como na identificação e tratamento em tempo hábil de casos de tuberculose e hanseníase.
IDM