Brasília, 23/11/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em discursos hoje na Lituânia e na Romênia, deu as boas-vindas aos futuros países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e afirmou que o papel da aliança militar é derrotar ditadores "maus", como Saddam Hussein. Procedente de Vilna (Lituânia), Bush falou a milhares de romenos reunidos na Praça da Revolução, o mesmo cenário da revolta popular que derrubou o ditador Nicolae Ceausescu em 1989. As informações são da CNN.
A Romênia, disse Bush, "traz clareza moral" para a Otan. "Vocês conhecem a diferença entre o bem e o mal, porque vocês já viram a face do mal", acrescentou. "Aqui, em dezembro de 1989, vocês romperam o silêncio de seu cativeiro. Daquela varanda, o ditador ouviu a voz de vocês, vacilou e fugiu", acrescentou Bush, que discursou em uma cabina protegida por três paredes de vidro à prova de balas.
Em seguida, Bush fez uma defesa veemente de sua campanha para depor regimes que considera tiranos. "O mundo já sofreu o bastante com fanáticos que tentam impor sua vontade através do medo e do crime", disse. "A Otan e o mundo civilizado estão confrontando os novos inimigos da liberdade e vão prevalecer".
Sobre Saddam Hussein, Bush disse que o presidente iraquiano representa uma ameaça à segurança de cada nação livre, devido "à sua busca por armas terríveis e por seus vínculos com grupos terroristas".
Mais cedo, na Lituânia, Bush fez um discurso recheado de referências aos soviéticos e alemães que dominaram alternadamente a região báltica durante décadas. "Esse é um grande dia na história da Lituânia, na história do Báltico, na história da Otan e na história da liberdade", declarou o presidente norte-americano, saudando o país que, junto com Estônia, Letônia, Romênia, Bulgária, Eslováquia e Eslovênia, foi oficialmente convidado, esta semana, para aderir à aliança militar.
Bush ressaltou que a adesão dos ex-integrantes do Pacto de Varsóvia à Otan é vital para a aliança ocidental devido à difícil experiência destes países, que sobreviveram às ocupações soviética e nazista.