Projeto Habitar/BID vai investir R$ 4,8 milhões em urbanização de favela catarinense

09/07/2002 - 19h12

Florianópolis, 9 (Agência Brasil - ABr) - O programa Habitar Brasil/BID permitirá a total urbanização do Morro do Mocotó, nesta capital, através de investimentos de R$ 4,8 milhões. Deste total, R$ 3,8 milhões são de recursos federais a fundo perdido, provenientes da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano com repasse pela Caixa Econômica Federal, e o restante de contrapartida do município. O conjunto de medidas previstas vai modificar o aspecto de favela da região, sem a necessidade de deslocar os moradores.

O Morro do Mocotó é o segundo projeto aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento na capital catarinense e vai beneficiar diretamente 1.407 moradores do local. No total, 378 famílias passarão a ter condições de moradia e acesso a serviços públicos de melhor qualidade. O projeto prevê ações nas áreas de habitação, sistema viário, rede de drenagem, pavimentação, construção de creche e centro de saúde, contenção de encostas, esgoto sanitário e equipamentos comunitários.

O projeto já definiu a construção de 38 novas casas para famílias que ocupam imóveis sem condições mínimas de habitação, além da reforma de 33 outras edificações, atendendo 113 famílias. Nessa área a prefeitura vai entregar também 17 unidades sanitárias, 11 módulos com vaso sanitário, pia e chuveiro, e promover outras melhorias sanitárias em moradias.

Para facilitar o acesso às residências serão alargados e pavimentados dois mil metros quadrados de ruas e construídas escadarias e passarela em concreto, com a implantação dos sistemas de drenagem e de esgotos sanitários. Está previsto também um projeto paisagístico com vegetação nativa .

Serão construídos uma creche com capacidade para matricular 100 crianças de zero a três anos de idade, e um Centro de Saúde, com atendimento médico e odontológico. Faz parte do projeto a criação de um Centro de Geração de Renda, onde serão realizados oficinas, cursos profissionalizantes, formação de grupos de produção e alternativas para a criação de trabalho e renda.

Segundo levantamentos preliminares, atualmente 80% do morro tem esgoto, mas a rede é deficitária e apresenta problemas de rompimento da tubulação e vazamentos, além de ligações irregulares que derramam os dejetos diretamente na rede pluvial. Para resolver esses problemas, o projeto prevê a instalação de uma rede de esgoto que atenda todos os moradores.

Também será construído um centro de convivência na parte central do morro, que serve hoje como vazadouro de lixo, com 513 metros quadrados de área onde haverá um salão para eventos, salas para oficinas e cursos, sanitários, quadra poliesportiva com arquibancadas, telefones públicos e caixas coletoras dos Correios.