Amaral recebe apoio da Feplana à revitalização do Proálcool

09/07/2002 - 20h25

Brasília, 9 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sérgio Amaral recebeu hoje documento de apoio ao processo de revitalização do Proálcool, da Federação de Plantadores de cana-de-açúcar (Feplana). Ele se reuniu com o presidente da Feplana, Antônio Celso, entidade que congrega  as associações independentes de plantadores de cana-de-açúcar, responsáveis por 35% da produção, num total de 60 mil fornecedores. Noventa por cento deles trabalham em áreas inferiores a 150 hectares e empregam 450 mil agricultores, dos 1 milhão e 300 mil trabalhadores da indústria canavieira no país.

O ministro Sérgio Amaral assinalou trecho do documento entregue pela Feplana em que as associações de plantadores asseguram que a demanda do álcool poderá se expandir na razão direta da confiança do mercado de que o combustível estará sempre disponível. Isso pode ser assegurado, segundo o presidente da entidade, Antônio Celso, em vista da grande oferta de açúcar no mercado internacional o que torna inviável produzi-lo em maior escala para exportar, pois o lucro não seria favorável.

O presidente da Feplana informou que o custo do litro do álcool  nas usinas é de R$ 0,40, preço pago pela Petrobras, e que no entanto "o adiciona à gasolina praticando preço acima de R$ 1,70 por esse combustível". ]

Antônio Celso lembrou que a frota brasileira já foi de 95% de carros a álcool na época de ouro de Proálcool e argumentou que a tecnologia hoje permite que o consumo dos motores seja o mesmo da gasolina, ao contrário do passado quando a diferença era de 20%. Segundo ele, mesmo os veículos novos que estão encalhados no pátio das indústrias podem passar por conversão, o que seria um atrativo para compradores que adquiririam um veículo movido a combustível mais barato.

O Brasil é o maior e o mais eficiente produtor de açúcar e álcool do mundo, com 18 milhões de toneladas de açúcar por ano, que atendem prioritariamente ao mercado interno. Para Antônio Celso isso "nos qualifica como um dos mais importantes "players" do mercado mundial, mesmo exportando somente os excedentes do mercado interno. Segundo avaliou, o mercado livre internacional não comporta novos parceiros, e o sucesso brasileiro com o álcool combustível mostra uma característica fundamental de vocação doméstica para um produto que pode aliviar um dos maiores pesos nas contas do país, que é a importação de petróleo.