Brasília, 2 (Agência Brasil - ABr) - Em pronunciamento que será transmitido na noite de hoje, em rede nacional de rádio e televisão, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Moraes, vai anunciar o Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2002/2003. Serão investidos
R$ 21 bilhões para garantir o plantio, a comercialização e os investimentos na produção agropecuária.
A íntegra do pronunciamento é a seguinte:
"Boa noite,
Estou aqui para dar uma boa notícia aos brasileiros, e, em especial, para quem vive no campo.
O presidente Fernando Henrique aprovou o novo Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2002/2003. São R$ 21 bilhões para garantir o plantio, a comercialização e os investimentos na produção agropecuária. Mais uma vez, a maioria dos financiamentos tem juros fixos de 8,75% ao ano sem correção monetária. Juro fixo é o que a agricultura precisa e pode pagar. São juros baixos para ajudar o homem do campo a produzir mais e garantir a sua renda
É importante esclarecer que esses R$ 21 bilhões representam um aumento de 26% em relação ao plano do ano passado e, além desses recursos, haverá mais recursos para a agricultura familiar.
Além de servir para a preparação da terra, compra de sementes e plantio, os recursos podem ser investidos na recuperação do solo, das pastagens, na fruticultura. E também na criação de peixes, na aquisição de máquinas e implementos agrícolas, construção de silos e armazéns na propriedade agrícola.
O plano contempla ainda novos programas: vamos financiar o aumento da capacidade de industrialização das cooperativas, mais valor para a produção das cooperativas. Também irrigação e reflorestamento.
O nosso trabalho tem contribuído para criar mais emprego e renda na agricultura do país, uma das mais competitivas do mundo hoje. O apoio que o Governo Federal vem dando ao setor impulsionou a rápida modernização do sistema produtivo do nosso país. No ano passado, o Brasil colheu uma safra de 100,300 milhões de toneladas de grãos.
Para o consumidor brasileiro, isso significa maior oferta de alimentos, comida barata na mesa do trabalhador e combate a inflação. As atividades ligadas ao campo, da semente até a mais sofisticada indústria de alimentos, são a principal fonte de trabalho e geração de divisas. No ano passado, por exemplo, as exportações do agronegócio somaram US$ 24 bilhões. O Brasil ainda tem muito espaço para aumentar nossa produção, a renda do produtor e as exportações. Queremos assumir a condição de celeiro do mundo, sem agressão ao meio ambiente e defendendo o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais.
Vocês podem ter certeza: essas medidas que nós estamos anunciando vão garantir maior oferta de arroz, de feijão, de óleo de soja, de frutas, de leite, de pão e de carnes aos consumidores brasileiros. Tudo isso a preços estáveis e padrões de sanidade e qualidade hoje reconhecidos
internacionalmente.
Muito obrigado pela atenção, uma boa noite".
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