Brasília, 2 (Agência Brasil - ABr) - A primeira escala da Seleção Brasileira de Futebol reuniu mais de 150 mil pessoas na Praça dos Três Poderes em Brasília. Às 14h53, os pentacampeões estacionaram em frente à rampa do Palácio do Planalto e, no país do futebol, foram tratados como chefes de Estado: todos subiram a rampa e foram recebidos pelo presidente Fernando Henrique Cardoso enquanto a multidão gritava: Pentacampeão!

A cerimônia de comemoração começou formal, com direito è execução do Hino Nacional pela banda do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) e entrega de medalhas aos jogadores e ao técnico Luiz Felipe Scolari, mas acabou em festa no Parlatório do Planalto. Os músicos do Olodum, que durante toda a copa tocaram o Hino Nacional em ritmo de axé music, repetiram a dose na capital federal. A irreverência tomou conta da Presidência da República.

A entrega de medalhas foi um show à parte para a multidão reunida em frente ao Palácio do Planalto. O primeiro a receber a Medalha da Ordem Nacional do Mérito, no grau de cavaleiro, foi Felipão. Um a um, todos os jogadores receberam as medalhas das mãos do presidente.

Alguns cumpriram o protocolo e contentaram-se em apertar a mão do presidente. Outros, mais irreverentes protagonizaram cenas nunca antes vistas na sede do Poder Executivo. O goleiro Marcos repetiu o gesto de ajoelhar-se com as mãos estendidas para o céu, que o marcou em todos os jogos que disputou pela seleção. O volante Vampeta foi além e desceu a rampa do Planalto dando cambalhotas para expressar sua alegria.

O momento mais irreverente, entretanto, foi no parlatório. Ao som do Olodum, todos os jogadores e a comissão técnica dançaram com a Taça Fifa nas mãos. Até mesmo Felipão, conhecido por seu recato e rigidez, caiu na folia de mãos dadas com o baiano Edílson. Ronaldinho Gaúcho não parou de pular um só instante sempre batendo palmas e convidando a multidão a cantar junto com os campeões.

O presidente Fernando Henrique, como não podia ser diferente, também aproveitou a festa. Enquanto os jogadores comemoravam no parlatório - local reservado aos presidentes eleitos pelo voto direto - Fernando Henrique distribuiu autógrafos e posou para fotos ao lado de familiares de funcionários da Presidência. Durante a festa, ele evitou seguir os jogadores no parlatório pois avaliou que não era o momento de aparecer. "A festa é deles", resumiu. "Estou feliz, estou muito contente igual ao Brasil - só alegria!", continuou.

Segundo cálculos da Polícia Militar do Distrito Federal, em todo o trajeto da Base Aérea até a Praça dos Três Poderes havia mais de 300 mil pessoas. O número de brasileiros superou as expectativas iniciais de todos os organizadores da festa. Raquel Ribeiro, Marcos Chagas e