Parente diz que trabalho da CGE não termina com fim do racionamento

01/03/2002 - 18h40

Brasília, 1 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE), ministro Pedro Parente, disse hoje em entrevista ao site Energia Brasil, que os trabalhos da CGE não terminam com o fim do racionamento. Segundo ele, o próximo passo é revitalizar o setor elétrico, assegurando investimentos privados para aumentar a oferta de energia e para que o mercado funcione normalmente.

O ministro citou o presidente Fernando Henrique Cardoso, ao afirmar que primeiro se deve evitar o desperdício e depois consumir energia dentro de um critério produtivo, com equipamentos eficientes que não desperdicem, sem abrir mão de um certo conforto e bem estar social.

Parente destacou que a participação do povo brasileiro foi fundamental durante o racionamento, tanto as famílias quanto as empresas. Segundo ele, isso ajudou a evitar que a falta de energia ganhasse dimensão maior, o que seria "catastrófico" para o país. Hoje, afirmou Parente, a situação está sob controle, mas sempre há um preço a se pagar quando se quer ter cada vez menos riscos. "Essa combinação de qual é o risco aceitável com o preço que queremos pagar tem sido a base do nosso trabalho", enfatizou.

Outro ponto destacado pelo ministro foi a criação da Companhia de Energia de Desenvolvimento Hídrico do Nordeste, que vai proporcionar uma estrutura hídrica consistente e com os recursos necessários para o Nordeste. Parente lembrou, no entanto, que a questão da escassez de água é mundial e afeta não apenas a geração de energia elétrica, mas o próprio consumo humano.