Alfabetização Solidária vai beneficiar pais de alunos

01/03/2002 - 17h30

Brasília, 1 (Agência Brasil - ABr) - O programa Alfabetização Solidária, que já beneficiou 2,4 milhões de alunos desde 1997, a partir de agora vai atuar também na alfabetização dos pais de alunos do programa Bolsa-Escola Federal. Convênio nesse sentido foi assinado hoje com o Ministério da Educação.

O Termo de Cooperação Técnica foi firmado pela presidente do Conselho do Comunidade Solidária, Ruth Cardoso, pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, e pela
superintendente-executiva do programa, Regina Esteves, em solenidade na sede do Alfabetização Solidária. De imediato, o programa será implantado em um município de cada unidade da Federação, mas a idéia é levá-lo aos 2.010 municípios que o Alfabetização Solidária pretende atingir até o ano que vem.

O objetivo do convênio é localizar e sensibilizar os país não-alfabetizados de alunos beneficiados pelo Bolsa-Escola Federal a participarem das aulas, de modo a reduzir os índices de analfabetismo do país. De acordo com Paulo Renato, "essa parceria nos dá a oportunidade de avançar ainda mais na determinação de oferecer ensino e cidadania.

Dona Ruth considerou a nova parceria "importante e exemplar", porque une dois programas governamentais apoiados pela iniciativa privada, "com vistas a desenvolver o capital social, com crescimento humano e da própria população. É o ensino da cidadania, acoplado ao ensino de ler escrever", disse ela.

O Programa Alfabetização Solidária já foi instalado em 1.578 municípios das regiões mais carentes do país, graças à parceria com 93 empresas, instituições e organizações e envolve sete governos estaduais e 204 universidades. "Uma ampla mobilização contra o analfabetismo, em oposição as antigas fórmulas que se caracterizavam pelo assistencialismo ineficiente e obsolescência de políticas centralizadoras", disse Regina Esteves.

Pela nova sistemática de alfabetização, que pretende incorporar mais 1,2 milhão de alunos, pessoas físicas ou jurídicas aderem ao programa e dividem com o MEC o custo por aluno, que é de R$ 34,00 por mês. A cota do MEC corresponde ao financiamento para aquisição de material didático, de apoio e bibliotecas para os municípios.