Recife, 27 (Agência Brasil - ABr) - O trabalho de dez anos de pesquisadores do IPA - Empresa Pernambucana de Pesquisa Agrícola que, em parceria com o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), o Centro Aggeu Magalhães e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolveu, a partir de uma bactéria, o inseticida biológico Bacilus Thuringíneses, que elimina por completo as larvas do Aedes Aegypti, poderá ser coroado de êxito com a produção do larvicida em escala industrial, ainda este ano.
O secretário de Saúde do estado, Guilherme Robalinho, vai a Brasília, na próxima semana, com a incumbência de obter recursos no Ministério da Saúde, para a instalação de uma fábrica do biolarvicida no estado. Robalinho também vai tratar do registro do produto e dos procedimentos para a comercialização.
De acordo com a pesquisadora do IPA, Liana Maranhão, o inseticida biológico, que tem como uma das matérias primas o cálcio fermentado, não causa danos ao homem e ao meio ambiente e já foi amplamente testado. Sua eficácia já foi comprovada em 100%. Após 48 horas de sua aplicação em recipiente de água limpa e parada, todas as larvas do mosquito transmissor de dengue estavam mortas.
Liana Maranhão disse ainda que, nas formas de granulado e comprimido, o biolarvicida deverá ser incluído no material de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e também poderá ser comercializado em farmácias e supermercados.