Gasolina e vestuário influenciam na queda da inflação de fevereiro

27/02/2002 - 20h02

Rio, 27 (Agência Brasil – ABr) – A inflação apurada pelo IBGE pelo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou 0,44% em fevereiro, 0,18 ponto percentual abaixo do resultado de janeiro (0,62%). Segundo o IBGE, a redução na taxa foi conseqüência da retração dos preços da gasolina, que chegou a acusar deflação de 9,78%, e do grupo vestuário.

Os dados do IBGE indicam que a maior taxa foi registrada em Belém, onde a taxa subiu 0,85%, seguido do Rio de Janeiro, com alta de 0,72%, e Goiânia com 0,70%. A menor variação ocorreu Porto Alegre, com alta de apenas 0,20%. Abaixo da média nacional de 0,42% ficaram ainda São Paulo e Brasília, ambas com 0,33%; Salvador, 0,34%; e Fortaleza, 0,27%.

O IPCA-15 reflete os gastos das famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. O índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.

Além da queda expressiva da gasolina e da contribuição do grupo Vestuário, o IBGE destacou também as variações menos intensas nos produtos alimentícios (0,41%) e nos medicamentos (0,56%).

Nos alimentos, a maioria dos produtos apresentou resultado inferior ao de janeiro, a exemplo do frango (de 4,77% para 1,09%), tomate (de 23,83% para menos 5,90%) e feijão preto (de menos 6,45% para menos 7,26%).

Em contrapartida, as principais altas ocorreram nos itens gás de bujão (9,33%), mensalidades escolares (5,55%) e energia elétrica (2,38%), que tiveram, em janeiro, variações de 7,23%, 0,38% e 2,38%, respectivamente.