Aloysio Nunes elogia plano de segurança do PT

27/02/2002 - 15h49

Brasília, 27 (Agência Brasil – ABr) – O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, elogiou hoje o projeto de Sistema Único de Segurança para todo o país, apresentado pelo PT, no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, a iniciativa do PT é resultado de 14 meses de estudos e discussões públicas sobre as possibilidades de melhoria do sistema público de segurança, organizados por pesquisadores do Instituto Cidadania.

O ministro disse que a questão interessa a todos os níveis de governo e à sociedade organizada e que a iniciativa do PT é "uma manifestação de eficácia, em busca de resultados". Para Nunes, as linhas gerais do projeto "são boas", coincidentes em muitos pontos com aquilo que o governo propõe, a começar pela valorização das forças policiais e dos salários. Ele resssaltou, contudo, que acha "muito difícil" a efetivação de um piso salarial para as polícias de todo o país, como sugere o Instituto Cidadania.

O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que também participou da cerimônia, enfatizou que a segurança está entre as prioridades da Casa, e disse que a proposta do PT é "um programa para ser implementado por qualquer pessoa com sensibilidade no enfrentamento da questão". Aécio afirmou que o combate à violência é uma questão a ser enfrentada "sem transferência de responsabilidades", mas de forma cooperativa pelos diferentes níveis de governo e pelas entidades organizadas da sociedade.

Ele lembrou que foi constituída uma comissão mista no Congresso Nacional para discutir questões de segurança, com prazo de 60 dias para avaliar cerca de 300 propostas e apresentá-las à Mesa Diretora da Casa, mas ressaltou que "hoje, realmente, a Câmara começa a discutir, efetivamente, as mudanças na segurança pública".

Participaram da cerimônia representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além do presidente do PT, José Dirceu, o presidente de honra do partido, Luis Inácio Lula da Silva, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e o governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos.