05/07/2002 - 8h57

Serviço de C&T

Tecnologia que otimiza transporte de líquidos ganha prêmio da Petrobrás

Aluno da UnB formula teoria e comprova experimentalmente que aditivos aumentam fluidez no escoamento de líquidos.

Brasília, 5 (Agência Brasil – ABr) – Os mais de dois anos que o estudante Marcelo Andreotti, do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade de Tecnologia, da Universidade de Brasília (UnB), levou pesquisando sobre o atrito de líquidos quando transportados em dutos foram compensados com o primeiro lugar no Prêmio Petrobrás de Tecnologia de Dutos - 2001.

Mesmo trabalhando sem recursos, como supercomputadores, e com materiais de sucata, ele conseguiu formular uma teoria e comprovar experimentalmente que a adição de pequenas quantidades de aditivos – polímeros – de alto peso molecular em um líquido aumenta a fluidez do escoamento. Isso ocorre porque esses aditivos, quando misturados a líquidos, comportam-se como longas fibras flexíveis, diminuindo a quantidade de movimento turbulento no interior dos dutos e aumentando a velocidade de escoamento. Os estudos mostraram, ainda, que em pequenas quantidades, os polímeros não alteram as características da substância transportada. Nos experimentos realizados na UnB, os melhores resultados foram obtidos na concentração de 350 partes por milhão (ppm) de Poliacrilamida (polímero de alto peso molecular) em água, que resultaram numa diminuição da ordem de 65% no atrito do escoamento.

Segundo o professor Francisco Ricardo da Cunha, um dos orientadores de Andreotti nesse que é seu projeto final de graduação, essa não é uma idéia nova. Vários cientistas, inclusive Einstein, já estudaram o arrasto dos fluídos, "mas a grande contribuição da pesquisa de Marcelo é ter formulado uma teoria de acordo com o experimento, combinando modelos físicos e matemáticos".
A tecnologia desenvolvida na UnB permitirá à Petrobras transportar cerca de 50% a mais de óleo cru com a mesma potência de bombeamento. Outra vantagem percebida nos experimentos é que a solução polimérica diminui a troca de calor entre o óleo quente e a parede do tubo. Com isso, a temperatura do óleo se mantém alta e a viscosidade baixa, contribuindo também para a maior velocidade de escoamento.

Na parte financeira, Andreotti informa que a adoção de polímeros de alto peso molecular e custo maior é justificado pelo uso de quantidades menores, o que, no final, resulta num processo mais econômico. "Quando se trabalha com polímeros de peso molecular mais alto o mesmo nível de redução de fricção ocorre para concentrações bem menores", explica. Outra implicação do uso de uma concentração menor de polímeros é a menor agressão ao meio ambiente.

O fenômeno de redução do atrito por aditivos também pode ser estendido para outras áreas em que haja transporte de líquidos. O método pode ser usado, por exemplo, para aumentar uma área irrigada sem a necessidade de troca de bombas, com a vantagem de que o polímero aumenta o tempo de percolação (absorção) dos nutrientes. Pode também, aumentar o alcance dos jatos da mangueira dos bombeiros. Ainda em meio aquoso, a técnica pode ser aplicada para melhorar a velocidade de deslocamento tanto de embarcações como de pessoas. Nesse caso, um aditivo do tipo emulsão polimérica, injetado em fendas porosas do corpo, vai se difundindo à medida que ele se movimenta, acarretando a redução do atrito. "Essa idéia foi adotada nas últimas olimpíadas por nadadores que conseguiram melhorar seus tempos usando roupas impregnadas de material sintético especial (polímero)", explica o professor Cunha.

A circulação sangüínea é uma função que pode ser beneficiada por essa tecnologia. Ainda em início de estudos, os pesquisadores buscam uma substância natural, elástica e flexível, que, misturada ao sangue, permita um bombeamento menos agressivo ao coração nos casos de arteriosclerose ou coágulos. O principal obstáculo encontrado até aqui é identificar um polímero natural com as características desejadas e diâmetro inferior aos das artérias humanas. Continuando na área da saúde, a técnica poderá ainda ser empregada em hemodiálises, processo em que há grandes níveis de turbulência do sangue. Com os aditivos, as células sangüíneas sofreriam tensões menores amenizando alguns efeitos da hemodiálise.

A pesquisa de Andreotti concorreu com mais de cem outros trabalhos de graduandos de todo o país. O prêmio de R$ 4 mil será entregue na 2ª feira (8), no Rio de Janeiro. Além do dinheiro, o estudante recebe uma bolsa de mestrado que também deve ser feito na UnB. A Petrobras premia também os professores orientadores que dividirão R$ 10 mil. Aldo João de Sousa, o outro professor orientador, diz que essa importância chega em boa hora, uma vez que, cada vez mais, os recursos para pesquisa nas universidade públicas diminuem. De acordo com ele, a maioria das pesquisas em andamento no grupo Vortex, da Engenharia Mecânica da UnB é bancada por professores e alunos. "Vou aproveitar a oportunidade de exposição que o Prêmio Petrobras possibilitará para pedir socorro pelas universidades federais", acrescenta. (Hebert França)

Mineração busca na sustentabilidade a redução de impactos ambientais

Especialistas do grupo iberoamericano Cyted XIII elaboram documento com premissas para listar os indicadores de sustentabilidade do setor

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - O tema mineração assusta ao mais precavido dos interlocutores, quando está em pauta o desenvolvimento sustentável. Termo citado em fóruns internacionais pela primeira vez, na década de 70, é esse o desenvolvimento que estará em discussão mais uma vez, dez anos após a Rio-92, na África do Sul, em setembro, a chamada Rio+10. A conferência, realizada pelas Nações Unidas, tem o papel de definir as bases ideais para alcançar um nível de desenvolvimento que atenda às necessidades humanas, sem o prejuízo do acesso aos recursos naturais às gerações futuras.

Alguns desafios, como a redução da emissão de gases tóxicos que provocam o efeito estufa, serão colocados na mesa de negociação dessa que será a segunda grande cúpula convocada para discutir o desenvolvimento sustentável. Atividade industrial e econômica invariavelmente analisada à parte, mesmo sob o ponto de vista econômico, a mineração estará em discussão na Rio+10, agora sob a ótica da sustentabilidade. É um feito inédito se considerada que sua inclusão na Agenda 21, o documento que nasceu na Rio-92 e que enumera as bases do desenvolvimento sustentável, é genérica. A atividade mineral é vista como uma atividade altamente degradadora pela opinião pública e seus interlocutores lutarão para mudar essa imagem, seja em fóruns internacionais, nacionais ou regionais.

Foi assim com a iniciativa do programa Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, que toma a sigla em espanhol Cyted e reúne pesquisadores das mais variadas áreas, de 21 países iberoamericanos. Financiado por entidades de fomento dos respectivos países, o Cyted tem como objetivo colocar o conhecimento científico e aplicação tecnológica casados com um desenvolvimento que se pretende sustentável, ainda que o termo não conste no nome que dá seu título. O Cyted-XIII, braço do programa que trata das questões relativas à mineração e à metalurgia, promoveu o evento "Indicadores de Sustentabilidade para Indústria Extrativa Mineral", no final de junho. A serra dos Carajás, onde está encravada a maior reserva de ferro do mundo, explorada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), foi escolhida para sediar o evento.

Participaram geólogos, engenheiros de minas, advogados, filósofos, sociólogos, jornalistas, ambientalistas, professores universitários que pesquisam o tema, enfim, uma composição eclética que dá a noção do quanto pode ser multidisciplinar chegar aos tais indicadores. As discussões sobre o que é sustentável na mineração não foi objeto de consenso. Mas, no documento surgido do seminário, a Declaração de Carajás, está claro que os especialistas entendem que o desenvolvimento sustentável para o setor precisa estar assentado no tripé: minimização de massas de processo, minimização de energia de processo e minimização dos impactos ambientais para maximizar a satisfação social do empreendimento.

É um processo onde devem estar envolvidos todos, governos, empresas mineradores, sindicatos de trabalhadores da mineração, comunidades que vivem em torno da atividade mineral. Enfim, o princípio coaduna com a premissa básica da Agenda 21, que só se sustenta com a participação multi-setorial. A visão do governo brasileiro, por exemplo, levada por José Eduardo Martinez, da secretaria de Minas e Metalurgia, é a de que a mineração é uma atividade industrial por excelência heterogênea no Brasil. E se, por um lado, não há indicadores de sustentatibilidade já estabelecidos para a mineração, o conceito tem sido perseguido nesse governo. "A visão de desenvolvimento sustentável está incorporada no Plano Plurianual brasileiro, que engloba as áreas principais as quais o país quer desenvolver", afirmou.

Os especialistas reunidos em Carajás ressaltaram na dita declaração que o setor mineral foi um dos pioneiros no setor industrial a estabelecer parâmetros do que seria uma atividade sustentável. "O setor sofre uma pressão enorme, mais que outros, por causa da incompreensão por parte da sociedade da importância de sua atividade", disse José Eduardo Sanchez-Rial, revisor do documento. Buscou-se na declaração um tom mais genérico, deixando que os indicadores sejam objeto de estudo para uma rede a ser instalada no âmbito do Cyted-XIII exclusivamente para isso. Em experiências anteriores, temas discutidos em eventos assim, considerados uma espécie de pré-rede, uma rede necessida de um ano para ser criada.

Com a criação da rede, eles entendem que será possível ajudar a indústria mineral extrativa na geração de dados e informações importantes para o alcance de um atividade sustentável. "A tarefa é árdua, há muito o que fazer", observou o geólogo espanhol Arsenio Gonzalez Martinez em sua apresentação. Essa constatação está registrada na Declaração de Carajás e os pesquisadores se dizem encorajados a vencer o obstáculo da dificuldade. Martinez lembrou que a questão do fechamento de minas planejado desde a fase de pesquisa deve ser encarado com maior confiança, porque deve ser incluído em uma lista de indicadores de sustentabilidade.

Sônia Osay, da ong argentina Cordón del Plata partilha da opinião do espanhol. "O plano de fechamento de minas é um indicador de sustentabilidade para a mineração globalmente, porque por ele calculam-se os custos ambientais, sociais e econômicos desde o início do empreendimento", observou. Para ela, uma advogada que trabalha com a questão mineral, a sustentabilidade na mineração é possível se for levada em conta a visão humana.

Sua colega de profissão, Maria Laura Barreto, moçambicana radicada há mais de 15 anos no Brasil, foi mais enfática na análise em torno do tema. "O discurso de que a mineração é sustentável fica vazio se não mostrarmos números. Acho que esse é um dos principais desafios para o Brasil, identificar quais os indicadores que o país necessita para alcançar a sustentabilidade de seu desenvolvimento. Com a participação da sociedade e dos níveis privado e público, acho possível", afirmou.

A União Européia (UE), por exemplo, já tem alguns números para o setor mineral, que podem servir de base para a listagem dos indicadores de sustentabilidade. O português Luís Martins, do Serviço Geológico Mineiro de Portugal, mostrou informações desconcertantes sobre a mineração na Europa, ou o consumo relacionado à sua atividade. Integrante de um grupo de trabalho da UE, o Raw Materials Supply Group, Martins mostrou por que a mineração é essencial para a vida humana. Trabalho do grupo, referente ao ano de 2000, levantou o seguinte dado: 11 milhões de toneladas de matéria-prima minerais foram consumidas na Comunidade Européia, o que equivale ao consumo de 30 toneladas per capita, distribuídas entre os 15 membros da UE. Outra conclusão do grupo é a de que um terço da produção mineral mundial é consumida pelos europeus.

A constatação da importância da atividade para atender às necessidades humanas e gerar conforto, além de divisas para os países, coloca a mineração como imprescindível. Mas, por explorar recursos naturais não-renováveis e, por ser extrativa, a mineração tem a responsabilidade de liderar as discussões sobre como ser sustentável. "A essência do problema está na relação homem/natureza, que nunca será equilibrada e harmônica. Mas acredito que pode haver, sim, uma compensação do homem à natureza", observou o filósofo Juan Manuel Montero Peña, do Instituto Superior Mineiro Metalúrgico, de Cuba.

O evento teve ainda como participantes o coordenador internacional do Cyted XIII, no Brasil, Roberto Villas Boas (pesquisador do Cetem), Veronica Alvarez (Cochilco-Chile), o professor Elkin Vargas Pimiento (Universidade Nacional da Colombia), Fernando Lamego (Instituto Radiológico-Brasil), Mauricio Cornejo (Espol, Equador), Enrique Gonzalez e Hugo Fernandez (jornalistas da revista argentina Panorama Minero), Gustavo Bessa (gerente de proteção ambiental da CVRD, Brasil), Gildo Sá Cavalcanti de Albuquerque (diretor do Cetem), Luiz Manuel Alvarez (consultor, Argentina ), Liliana Betancurth (consultora, Colômbia), Jose Hernan Valencia y Valencia (PNUD/Minercol, Colômbia ), Carlos Forero (Asogravas, Colômbia ), Ana Maria Aranibar (Cumbre del Sajama, La Paz, Bolivia), Ivan Merino (SUR, Cuzco, Perú), Roberto Blanco e Diosdanes Almeida (ISMM - Moa , Cuba), Alba Castillo (Universidade Central da Venezuela), Rocío Gordillo (PUCP, Lima , Perú), Maria Chappuis (MEM, Perú), Mercedez Valdez Mesa (ONRN, Cuba), Christian Beinhoff (Unido, Áustria ), Horst Monken (IRD/Cnen, Brasil), Raul Branco (Ministério das Minas e Energia), Eduardo Valle (Bamburra, Rio de Janeiro), Jorge Molina (Ingeomin, Colômbia), Noris Costa Diniz (Aneel), Adilson Curi (Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Alberto Rogério da Silva. (Lana Cristina)

Projeto desenha parâmetros econômicos e ambientais para o garimpo no Tapajós (PA)

O Tapajós é a maior área de mineração do país e do mundo, com 100 mil Km² e uma produção significativa de cinco toneladas anuais

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - Região de mineração de ouro, onde impera a informalidade, com dimensões maiores que Portugal, Tapajós é a maior área garimpeira do Brasil e do mundo. São 100 mil Km² explorados por algo em torno de 50 mil garimpeiros. Encravada na porção sudoeste do Pará, a 1.300 quilômetros de Belém, Tapajós tem mais de 200 pistas de pouso ativas, mas já teve em tempos áureos cerca de 500. Sua produção anual é de cinco toneladas e, desde 58, quando começaram as atividades na região, registra média de 12 toneladas, tendo alcançado o pico de 25 toneladas, no final da década de 80.

Com índices assim tão gigantescos, Tapajós é considerado um desafio quando a tarefa é enumerar indicadores de sustentabilidade para a área. O próprio garimpo no país é, em si, um capítulo à parte da atividade mineral brasileira, que hoje procura se inserir dentro dos conceitos de indústria ambientalmente e socialmente saudável. Projeto em fase de gestação, ou seja, em busca de recursos, do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), instituto ligado ao ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), definiu para o Tapajós a necessidade de identificar, antes de tudo, quais são os parâmetros econômicos do garimpo ali. Seus idealizadores acreditam que, a partir daí, será uma conseqüência natural, estabelecer os padrões ambientais e sociais.

O projeto é uma parceria do engenheiro de minas do Cetem, Roberto Villas Bôas e do geólogo e consultor ambiental independente Alberto Rogério Benedito da Silva. De acordo com Alberto Rogério, em sua apresentação no seminário "Indicadores de Sustentabilidade para a Indústria Extrativa Mineral", realizado em Carajás, à semana passada, é temerário apresentar indicadores para o garimpo no Brasil, ainda mais quando se toma o Tapajós como modelo. "A indústria da mineração é precavida e tem dados, informações sistematizadas. Mas o garimpo é informal e também precário, principalmente quando se leva em conta os ajustes à legislação minerária e ambiental", explica o geólogo.

Alberto Rogério acredita que, dentro de dois meses, seja possível iniciar o trabalho de definição dos parâmetros econômicos de Tapajós. O que se quer é estabelecer uma metodologia de trabalho para mapear as áreas viáveis de serem exploradas. Ou seja, colocar a tecnologia a serviço do garimpeiro para organizar a mineração. "A idéia é quantificar o volume de ouro nos veios que forem surgindo e nos já existentes, para depois estipular o tempo de trabalho que o garimpeiro terá. Se não for viável economicamente, o próprio garimpeiro vai querer investir em outra área", conta Alberto Rogério, ao explicar a dinâmica do projeto.

Com o empreendimento devidamente estudado, ele acredita que o garimpeiro poderá organizar sua atividade e pagar melhor seu sócio e seus trabalhadores. "Hoje, quando o dono do garimpo, que é o investidor capitalista, o que investe dinheiro no beneficiamento, quebra, leva toda a cadeia de pessoas que trabalham com ele. Daí que vêm as ilhas sociais de problemas", observa. Para o geólogo, com o dinheiro melhor investido, o dono do garimpo poderá perfeitamente fazer o trabalho de recuperação da área que foi explorada.

O grande passivo ambiental do garimpo, hoje, está na água. Não é só o mercúrio que está presente nos corpos hídricos usados seja para a exploração do ouro de aluvião, seja para beneficiamento do ouro primário, aquele que está nas rochas. Quando o garimpeiro retira o ouro dos barrancos dos rios, remove cascalho e quando separa o ouro do material chamado esteril, porque não serve produtivamente, ele faz com que o rio fique removido, com alta concentração de silte e argila. As partículas são muito finas e demoram a decantar, provocando um efeito visual negativo e também a descaracterização do habitat fluvial dos seres que ali vivem. Outro efeito do carreamento dessas partículas é o assoreamento do rio, que tem sua lâmina de água diminuída com o tempo.

A agressão ambiental provocada pelo garimpo, ao contrário da mineração de outros produtos, assim, é extensiva, conforme explica Albero Rogério. "Não chega a castigar a floresta, porque desmata poucas árvores para construção das pistas de pouso, no caso de áreas isoladas como o Tapajós, embora haja degradação das matas ciliares, que acompanham os rios", avalia. Ele acredita que, com os parâmetros econômicos influenciando a lida do garimpeiro e o processo decisório de onde explorar, ficará mais fácil chegar a outras melhorias, como, por exemplo, a redução do uso do mercúrio na garimpagem.

O mercúrio é um metal pesado que se acumula no organismo humano e, a longo prazo, pode causar problemas neurológicos. A substância pode ter efeito também na carga genética das gerações futuras. Por outro lado, é a tecnologia mais fácil e mais barata para o garimpeiro que o utiliza no barranco, num equipamento chamado cobra-fumando, que separa o ouro da terra e ainda na bateia, um grande prato cônico onde ele apura o ouro. Ao sacudir ouro e mercúrio, mergulhados na água, o garimpeiro consegue que os metais fiquem no fundo do prato porque são mais pesados. A água residual é jogada no rio.

Em seguida, para separar os dois, ele usa fogo. Nesse processo, há outro agravante. Quando queimado, o mercúrio exala um gás tóxico que, aspirado ao longo da vida, é letal. "A cianetação é uma técnica alternativa, mas muito cara. E, além disso, precisa ser utilizada em tanques empilhados. Como na região chove muito, há o risco de estourar a barreira de contenção e a contaminação com cianeto é aguda. Mata na hora. Então, o garimpeiro prefere morrer aos poucos com o mercúrio, pode se dizer", conta Alberto Rogério, que já fez diversas visitas a garimpos do Pará, quando trabalhou por sete anos para o governo do estado. A realidade é praticamente a mesma em todos eles.

Na sua visão, fazer um trabalho de conscientização entre os garimpeiros é possível, seja pela regularização de sua atividade, ou pelo uso de técnicas limpas de exploração e beneficiamento. Na década de 90, por exemplo, foi o projeto Camga-Tapajós, do governo paraense, quem atingiu de forma mais abrangente a comunidade do garimpo. Foram realizados estudos sócio-econômicos, de impacto ambiental (especificamente sobre a contaminação mercurial), cursos de educação ambiental e campanhas informativas, e um trabalho de transformação do modelo de garimpagem. Esse último se traduziu no estabelecimento da figura empresarial no garimpo. Os donos de garimpo fizeram contratos de compra e venda com empresas e, assim, tinham destino certo para seu produto. As empresas ganhavam porque não precisavam investir em prospecção, fase de pesquisa cara, que, na informalidade do garimpo, já estava praticamente pronta.

Com a criação da Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (Amot), a interlocução com as empresas e com as autoridades públicas ficou mais fácil ainda. Hoje, no entanto, praticamente não há contrato do tipo, vigente na região. Tudo porque o garimpo tem uma regulação própria, baseada nas leis de mercado. Alberto Rogério explica o motivo do declínio de uma parceria que foi tão promissora por um tempo. "Entre 90 e 96, a onça do ouro estava cotada entre US$ 380 e US$ 400. Depois, o preço foi caindo até chegar a US$ 260 no ano passado. Só ultimamente, o ouro recuperou um pouco seu valor e está cotado a US$ 320".

Mineral estratégico, o ouro é sempre cobiçado por exploradores aventureiros, por mais que seu preço oscile. Sua exploração está presente em 236 mil Km² da Amazônia, em pontos separados e longíquos, o que prova seu poder de capital. Transportado de avião, barco ou em precárias vias rodoviárias, como é o caso do ouro garimpado, o mineral sempre atrairá aqueles que pensam em fazer fortuna. Talvez por isso, o trabalho social e ambiental em áreas garimpeiras seja, ao mesmo tempo sacerdotal e necessário. (Lana Cristina)

Vale do Rio Doce quer qualidade ambiental em Carajás

CVRD é responsável, com o Ibama, pela administração dos 411 mil hectares da Floresta Nacional de Carajás

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - Minimização de energia e massa, programas ambientais de recuperação de áreas degradadas são atividades em curso nas minas da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A área chamada de Sistema Ferrosos Norte, localizada em meio à Serra dos Carajás, ocupa 2% dos 412 mil hectares que compõem a Floresta Nacional dos Carajás. Isso engloba a atividade de mineração e o Núcleo Habitacional, que tem a estrutura de uma cidade, com todos seus equipamentos urbanos. Pouco mais de 4 mil pessoas moram ali, sendo que 1.500 são funcionários da companhia.

De todo o complexo minerário, são extraídos anualmente 54 milhões de toneladas de minério de ferro, com 67% de pureza. É o maior índice de pureza desse mineral que vem associado ao manganês, alumínio e estéreis, ou seja, material que não é aproveitado. A formação geológica de Carajás é diferenciada da área de floresta e foi justamente esse detalhe que chamou a atenção de técnicos que fizeram as primeiras prospecções a partir de 1920. As pesquisas geológicas se intensificaram a partir da década de 60 e, em 1970, a Vale deu início ao projeto Ferro-Carajás, com o detalhamento do corpo de minério de ferro. A primeira extração foi feira em 1974.

Atualmente, há quatro corpos de minério sendo lavrados em Carajás e seu potencial é para a exploração de 53 corpos. A produtividade de duas pilhas de minério para uma de rejeito, segundo o gerente geral da mineração de ferro Norte, José Luiz Martins, é uma das melhores do mundo. A vida útil desse complexo está estimada em mais de 300 anos. Ainda mostrada em números, a produção da Vale percorre 892 quilômetros até o porto da Madeira, em São Luís (MA), em oito trens, de 206 vagões cada. Diariamente, saem 165 mil toneladas para a capital maranhense, produção que é exportada para o Japão, China, Coréia, Estados Unidos e Argentina.

Privatizada em 1997, hoje a Vale está distribuída entre o Bradespar (fundo de ações do Bradesco), o governo brasileiro, o Previ (fundo de previdência privada do Banco do Brasil), outros fundos privados de previdência e pessoas físicas que compraram ações da companhia, em seguida ao processo de privatização. A Vale também explora ferro em Itabira, Minas Gerais.

Em Carajás, as ações ambientais da empresa estão disseminadas pelo núcleo habitacional e também nas minas. O lixo dos moradores tem horário certo para ser recolhido, para evitar acidentes com animais silvestres que, invariavelmente, passeiam pela vila. São antas, capivaras e, mais raramente, onças que saem da floresta e invadem a cidade. Uma usina de reciclagem trata o lixo seco e também o orgânico, que é armazenado como biomassa. Um projeto que deu certo em Itabira é o de recuperação de solos com o uso de bactérias capazes de captar o nitrogênio, importante fertilizante natural, e que estará em breve sendo executado em Carajás. Com a inoculação das bactérias nas mudas de plantas da região, busca-se ainda a revegetação de áreas que já foram mineradas.

Levantamentos de fauna e flora são realizados por pesquisadores do Parque Zoobotânico de Carajás, uma área de 30 hectares, onde estão preservados 500 animais de 25 espécies de mamíferos, aves e reptéis. O parque recebe cerca de 50 mil visitantes por mês, a maioria crianças e adolescentes que buscam no parque informações úteis para o dia-a-dia escolar. "Talvez seja o único parque zoobotânico encravado no meio da mata", avalia Cristina Aires Ribeiro de Carvalho", coordenadora local do Instituto Ambiental Vale do Rio Doce.

No parque, são desenvolvidos dois projetos para estimular a garotada. O Guia Mirim consiste em convênio com a associação de escoteiros de Parauapebas, município ao qual pertence Carajás e distante cerca de 15 quilômetros do núcleo habitacional da Vale. Por meio dele, crianças até 13 anos de idade são treinadas para serem monitores. Depois de um curso básico, elas trabalham como guias no parque e dão explicações sobre as espécies e os projetos de pesquisa ali desenvolvidos.

Tem ainda o Bicho do Mês. O projeto consiste em destacar um bicho e fornecer para as crianças que visitam o parque as características principais sobre ele, de maneira que elas o identifiquem. "Quem adivinha ganha um prêmio, que pode ser camiseta, boné, caneta, enfim, um estímulo para aprender um pouco mais sobre os animais e sua relação com a mata", explica Cristina. (Lana Cristina)

Arsênio é altamente letal ao homem e ao meio ambiente

Elemento químico pode ser altamente tóxico e comprometer uma série de órgãos

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - Durante quatro anos a professora e pesquisadora Aloísia Laura Moretto freqüentou os laboratórios do Instituto de Química (IQ) da Unicamp investigando um elemento químico com poderosas propriedades letais: o arsênio, elemento de número atômico 33, que na forma metálica é de cor acinzentada. As conclusões de suas investigações resultaram na tese "Determinação de arsênio por espectrometria de absorção atômica com geração de hidreto em um sistema de injeção em fluxo", realizada recentemente junto ao Departamento de Química Analítica do IQ/Unicamp, sob orientação da professora Solange Cadore. Nos sistemas biológicos, os íons metálicos (átomos carregados positivamente) podem desempenhar dupla função, pois enquanto alguns são indispensáveis à vida como o potássio e o cálcio, outros são considerados tóxicos como o arsênio, o mercúrio e o chumbo, podendo provocar no homem a perda das funções vitais e a deformidades de órgãos quando presentes em quantidades elevadas.

Empregado na indústria química (herbicidas, de pesticidas e na fabricação de vidros) e ainda na produção de semicondutores, o arsênio e seus compostos, principalmente os inorgânicos (quando não produzidos por um organismo animal ou vegetal), são altamente tóxicos quando inalado, ingerido ou absorvido. Ou seja, os compostos contendo arsênio inorgânico são consideravelmente mais venenosos que os derivados orgânicos, como o ácido monometilarsênico e o ácido dimetilarsênico.

A contaminação dos solos e águas, segundo Aloísia, pode ser de origem natural ou de origem antropogênica (provocada pelo homem). Na biosfera, a literatura mostra que a água de mar não poluída e a crosta terrestre contém respectivamente teores da ordem de duas a três microgramas por litro e duas microgramas por quilo para compostos inorgânicos de arsênio, enquanto que a concentração na fauna e flora marinha é mais elevada, variando de 1 a 30 microgramas por grama caracterizados em compostos organo-arsênicos de baixa toxidade.

"Quando o arsênio é introduzido no organismo humano – seja ele orgânico ou inorgânico – ele é rapidamente convertido a espécies altamente tóxicas que reagem com os grupos sulfidrilas (gás) das proteínas, inibindo e bloqueando os processos celulares do indivíduo", diz Aloísia. Por outro lado, o arsênio pode também ser introduzido por ingestão, inalação e absorção que, em 24 horas os compostos contendo arsênio se distribuem em diferentes órgãos do corpo humano como fígado, baço, rins e pulmões. Os sintomas mais comuns são vômitos e diarréia, quando ocorre a ingestão, náuseas, vertigem e dispnéia, quando há inalação.

Quando o indivíduo fica exposto por muito tempo aos compostos inorgânicos, pode ter câncer pulmonar ou de pele. Foram analisadas também amostras de água de rios do interior de minas de ouro desativadas da região de Ouro Preto, em Minas Gerais. Sabe-se que o arsênio se encontra na natureza em quantidades muito pequenas em minérios de ouro, antimônio, manganês, sendo a arsenopirita, que contém ferro, enxofre e arsênio, a que mais contribui para a sua obtenção. (JUnicamp)

Brasileiros desenvolvem carro que percorre 480 Kms com 1 litro de combustível

Protótipo participou de competição internacional que avalia desempenho e design de veículos

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - Um carro que percorra 480 quilômetros com um litro de gasolina certamente é o sonho de qualquer motorista, que hoje consegue rentabilidade entre oito e 16 km para cada 1000ml de combustível com veículos de passeio comuns. A marca na casa das centenas foi alcançada por um grupo de estudantes e pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) com um veículo na 18ª Eco-Marathon, campeonato promovido pela Shell, em maio último, na França.

A competição reúne equipes de todo o mundo, que trabalham a idéia do carro conceito, envolto na premissa do bom desempenho, diz o coordenador do grupo, Laércio Caldeira. O pressuposto é levado ao pé da letra, a exemplo dos participantes franceses, que ganharam o prêmio com um carro que percorreu 3.492 quilômetros com um litro de combustível. Caldeira explica que um dos objetivos do campeonato é mostrar às montadoras que é possível desenvolver carros que aliem potência com qualidade.

Os veículos que participam da prova não se assemelham aos de passeio - a inspiração vem dos carros de fórmula 1. O desenvolvido pelo grupo brasileiro tem um computador de bordo que monitora o consumo de combustível, lugar para apenas uma pessoa, altura máxima de 1 metro, largura de 1,10m e comprimento de 2,80m. A participação no campeonato começa com uma avaliação de segurança, feita por uma comissão que verifica frenagem, entre outros itens. Com a aprovação, os veículos são autorizados a participar de treinos e prova, que consiste em percorrer seis vezes um circuito de 3.200m na cidade de Nogaro.

O protótipo, construído com recursos de empresas locais e apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), levou nove meses para ficar pronto. Para desenvolvê-lo associou-se a experiência dos alunos de design da UEMG, com a programação visual, e da Unifei, encarregados das partes mecânica e eletroeletrônica.

O carro foi montado com um motor especial importado da japonesa Honda, e carenagem em fibra de vidro. Segundo Caldeira, a rentabilidade do carro não foi maior devido ao material, que deixou o peso total em 83kg. "Para participar da equipe de ponta o veículo tem de ter, no máximo, 35kg", ressalta. A idéia de Caldeira é buscar um projeto com a Embraer para o uso da fibra de carbono, mais leve e resistente, usada em aviões e helicópteros.

Ele explica que a escolha da fibra obedeceu à disponibilidade financeira entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, conseguida junto a empresas locais. Caldeira diz que a participação da equipe tinha mais o objetivo de ganhar experiência que de ganhar um dos prêmios, proposta que deve mudar com a confiança adquirida na viagem. "Temos condições de, no próximo ano, atingir de 1500 a 2000 quilômetros por litro se usarmos material leve", afirma.

A falta de prêmios, que requerem investimentos altíssimos e patrocínio de empresas, foi compensada pelos elogios ao design do protótipo. Caldeira conta que a equipe foi assediada pela mídia européia, tanto que a programação visual do veículo foi matéria no maior canal de televisão da França, o CN1. "Sem sombra de dúvida, tínhamos o melhor design", aponta. "Mostramos uma tendência inovadora", completa.

Para a competição de 2003, a equipe pretende construir um carro mais leve e aperfeiçoar a parte mecânica e eletroeletrônica. As modificações visam evitar o superaquecimento do motor, que atrapalhou o desempenho do protótipo. O imprevisto aconteceu por causa da inversão térmica na cidade, que elevou a temperatura da pista para 45ºC, enquanto nos dias anteriores os termômetros marcavam 1°C.

Caldeira espera que os preceitos de desempenho e qualidade mostrados nas provas acelere os investimentos das empresas automobilísticas em quesitos como a rentabilidade, hoje em torno de 13km/l na cidade com carros 1.0. "Se nós conseguimos fazer, por que eles não podem?", questiona. Os passos já começam a ser dados. "A Audi lançou na Europa um carro de alumínio que pesa entre 700kg e 800kg. Com certeza já dá uma bela reduzida no consumo", conclui. Já a fibra de carbono, que é um material aeronáutico, é outra possível promessa. "Obviamente sai caro, mas é uma questão de melhorar a tecnologia de produção para abaixar os preços", analisa Caldeira. (Fabiana Vasconcelos)

05/07/2002 - 8h42

Aeroportos do Rio operam sem restrições

Rio, 5 (Agência Brasil - ABr) - Os aeroportos Santos Dumont e Internacional Antonio Carlos Jobim operam sem restrições nesta manhã de céu parcialmente nublado. Nas serras de Petrópolis, Teresópolis e Araras, há nevoeiro em dissipação. O trânsito é intenso em direção ao centro da cidade na Avenida Brasil, Ponte Rio-Niterói e Linha Vermelha, e lento nas saídas das rodovias Washington Luís e Presidente Dutra.

05/07/2002 - 8h34

Seminário em Pernambuco discutirá situação de jardins botânicos

Recife, 5 (Agência Brasil - ABr) - Um seminário internacional promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, pela Rede Nacional de Jardins Botânicos e pela Petrobras, será aberto na segunda-feira (15) na Fundação Joaquim Nabuco. No encontro será debatida a situação de 30 jardins botânicos brasileiros e dois estrangeiros, o de Nova York e o da Cidade do México.

A programação para a semana inclui conferências sobre a diversificação dos jardins botânicos – os serviços que devem ser oferecidos à comunidade – e a ampliação de pesquisas, cursos e exposições sobre a flora nativa.

05/07/2002 - 8h22

BNDES terá posto avançado no interior de Pernambuco

Recife, 5 (Agência Brasil - ABr) - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) instalará em Caruaru, no Agreste pernambucano, o primeiro posto avançado da instituição no interior do Nordeste. A iniciativa é resultado de um acordo de cooperação firmado pelo banco com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). A meta é oferecer orientação aos empresários de Caruaru e de outros municípios vizinhos sobre acesso a linhas de crédito, com apoio do Centro das Indústrias, na formulação de projetos nos setores agrícola, comercial, industrial e de serviços.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento de Caruaru, Josimar Henrique da Silva, a instalação do posto avançado do BNDES, prevista para o dia 18, impulsionará a economia da cidade, que está em fase de expansão do seu parque industrial, com investimentos que variam de R$ 300 mil a R$ 10 milhões.

05/07/2002 - 8h18

ANTT inaugura base operacional na ponte Rio-Niterói

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Alexandre Resende, inaugura a primeira base operacional avançada na Ponte Rio-Niterói, com 10 metros de comprimento e 12 de largura. A solenidade está prevista para às 16h, na Ilha do Caju, no Rio de Janeiro (sentido Niterói-Rio).

05/07/2002 - 8h15

Ministro e governador inauguram Agência do Trabalho em PE

Recife, 5 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho, Paulo Jobim, e o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, inaugurarão às 10h a Agência do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife.

A unidade oferecerá serviços de intermediação de emprego, qualificação profissional, acesso a crédito para o microempreendedor pelo Banco do Povo e expedição de documentos, como carteira profissional e de identidade.

05/07/2002 - 8h12

Coordenador eleitoral do DF fala ao ''Revista Brasil''

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do DF , Elindson Eliel Cruz, dá entrevista, às 9h30, ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM (Radiobras). Ele vai falar sobre o trabalho da coordenação de fiscalização de propaganda eleitoral nas eleições de 2002.

O diretor de Articulação dos Municípios do Ministério da Educação, Luiz Fernando Pimenta, às 10h30, sobre a parceria de entidades com o MEC para o acompanhamento da freqüência dos alunos do programa Bolsa-Escola. Às 16h, Luiz Pimenta volta a falar sobre o mesmo assunto, desta feita ao programa NBR Entrevista, da TV Nacional Brasil (TV a cabo da Radiobrás).

05/07/2002 - 8h12

President of Senate criticizes speculators

Buenos Aires, 8 (Agência Brasil - ABr) - The president of the Senate, senator Ramez Tebet (PMDB-Mato Grosso do Sul), criticized on Friday financial market speculators saying that they "should take care of their business and we will take care of ours. They do not know the country. They think Brazil is the old Brazil that did not have democracy. They are completely wrong. There is a world crisis. Brazil is standing firm because the country is stable and strong," he said.

Tebet also rebutted negative evaluations of the financial market because of presidential elections scheduled for October. "The elections are an important part of the democratic process," he declared. (AB)

05/07/2002 - 8h11

DF encerra encontro de educação patrimonial

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - O Encontro de Educação Patrimonial do Distrito Federal, que tem como tema "Reconhecendo Nosso Patrimônio Cultural", será encerrado hoje em Brasília. O evento visa informar crianças, jovens e adultos sobre a necessidade de se preservar o patrimônio cultural.

05/07/2002 - 8h10

Candidato do PSDB/PMDB passará o dia em São Paulo

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr) - O candidato da coligação PSDB/PMDB à presidência da República, José Serra, passará o dia em São Paulo reunido com assessores.

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