07/07/2003 - 19h10

Hortência torce para que o Rio sedie as Olimpíadas

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Rio ganha mais torcedores para ganhar a disputa de sediar as Olimpíadas. A ex-jogadora de basket Hortência disse que ultrapassada a concorrência interna entre o Rio e São Paulo agora haverá a disputa externa, onde o Rio de Janeiro representa o Brasil, na escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Ela integrou a delegação de São Paulo que acompanhou a votação do Comitê Olímpico Brasileiro, na sede do BNDES. "Hoje estamos todos de verde e amarelo lutando para que as Olimpíadas de 2012 venham para o Brasil. Vai ser bom para todos nós".

Para o atleta Robson Caetano, o Rio de Janeiro reúne condições não só técnicas, mas também climáticas para realizar as competições. Ele disse que as duas cidades que participaram da disputa tinham fatores positivos, mas o que interessa neste momento é que o país se junte para conseguir vencer a concorrência. "Acho que agora temos condições reais de trazer uma Olimpíada para cá".

Além do Rio vão participar da disputa no Comitê Olímpico Internacional (COI) as cidades de Londres, Paris, Nova York, Madri, Moscou, Havana, Istambul e Leipzig. Na terça-feira que vem (15) o Comitê Olímpico Brasileiro vai inscrever a candidatura do Rio no COI. Em junho de 2004 o comitê internacional anuncia as cidades que continuam na disputa. A escolha final será no dia 6 de julho de 2005, em Cingapura.

07/07/2003 - 19h10

Proibição do uso e porte de armas poderá sair de referendo popular

Brasília, 7/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A realização de um plebiscito pode ser a saída política para o Senado aprovar o projeto de lei do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que proíbe a venda e o porte de armas em todo o território nacional. A costura política vem sendo feita pelas lideranças partidárias e hoje recebeu o apoio do líder do Governo na Casa, senador Aloízio Mercadante (PT-SP). Amanhã, às 9h30, o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), instala a comissão especial mista que analisará projetos sobre porte de arma que tramitam na Câmara e no Senado. A intenção do senador Renan Calheiros é votar, até o próximo dia 22, o seu projeto, condicionando a implantação da nova lei a um referendo popular que seria feito junto com as eleições municipais de 2004.

Marcos Chagas

07/07/2003 - 19h08

IPC-S aponta deflação de 0,14%

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil-ABr) – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado hoje no Rio de Janeiro pela Fundação Getúlio Vargas, durante o programa Conjuntura Econômica, transmitido pela Rede Brasil-TV E, mostrou deflação de 0,14% nos 30 dias compreendidos entre 28 de maio e 27 de junho de 2003. Esta é a segunda apuração seguida do índice com variação negativa. Mas, ao contrário das duas reduções de taxas anteriores, esta não foi generalizada, observou o Coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros.

Dos sete grupos de despesa que compõem o índice, apenas três registraram queda em relação à pesquisa anterior. A maior desaceleração ocorreu em Transportes, da ordem de 0,36 ponto percentual. O grupo Alimentação desacelerou 0,24 ponto percentual, verificando-se a retração mais significativa (2,66 pontos percentuais) no segmento de hortaliças e legumes. A variação passou de –7,60% para –10,26%, respondendo por um recuo de 0,06 ponto percentual na taxa do IPC-S.

Das 12 capitais pesquisadas, o IPC-S registrou desaceleração em dez. Em sete capitais foram observadas deflações. As maiores desacelerações aconteceram em Recife e Porto Alegre, onde as taxas caíram 0,41 ponto percentual cada, por conta do grupo Transportes, com queda de 2,45 ponto percentual e de 0,50 ponto percentual, respectivamente. A taxa máxima, de 0,21%, foi apurada em Florianópolis, e a mínima em Goiânia (-0,67%). Nessas duas capitais, as desacelerações foram de 0,07 ponto percentual e 0,33 ponto percentual, respectivamente.

A próxima divulgação do índice será feita pela FGV no dia 14 deste mês.

07/07/2003 - 19h00

ANP interdita cinco postos de combustíveis em Curitiba

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil – Abr) - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou hoje, nesta capital, a interdição de cinco postos revendedores de combustíveis na cidade de Curitiba por venda de produtos com problemas de qualidade. A fiscalização foi feita em 15 postos, na semana passada ( de 30/06 a 02/07), com o Ministério Público. Além das cinco interdições foram registradas seis autuações por desrespeito às normas da Agência, como aquisição de combustível de distribuidora de bandeira diferente da exibida pelo posto, a não exibição do nome da Agência e do telefone do Centro de Relações com o Consumidor em local visível e a falta de livro de movimentação de combustível.

Segundo a ANP, todos os estabelecimentos foram interditados por comercializarem gasolina com percentual de álcool anidro diferente do permitido pelo Ministério da Agricultura. O posto Vodoca Comércio de Combustíveis, além de ter sido interditado por problemas no percentual de álcool, foi autuado por vender gasolina comum de uma distribuidora e ostentar a bandeira de outra.

Este ano, a ANP já realizou 399 ações de fiscalização na cidade de Curitiba, 786 ações no estado do Paraná e mais de 8 mil em todo país.

07/07/2003 - 18h56

Governo retomará com Banco do Maranhão privatizações de bancos estaduais ainda neste ano

Brasília, 07/07/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Banco do Estado do Maranhão (BEM), já federalizado, deverá ser a primeira instituição a ser privatizada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do diretor de Liquidações e Desestatização do Banco Central, Antônio Gustavo Matos do Vale. Outros três bancos estaduais, também já federalizados, aguardam a venda de suas ações: Banco do Estado do Piauí (BEP), Banco do Estado do Ceará (BEC) e Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). O BEM foi avaliado em R$ 91,9 milhões.

Matos do Vale esteve na última sexta-feira em São Luís onde deu a notícia pessoalmente ao governador do estado, José Reinaldo Tavares. O diretor estava acompanhado do presidente do BEM, Reginaldo Brandt. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, já deu o aval para a venda do banco maranhense, segundo informações do BC.

O BEM foi federalizado em 2000 e durante dois anos o governo passado tentou vender as ações da instituição sem sucesso. Na única vez em que a data do leilão não foi adiada, o Bradesco, única instituição habilitada para participar da compra, não enviou representante para dar o lance de compra. O último leilão foi marcado para 4 de fevereiro deste ano, mas o governo adiou a venda por tempo indeterminado.

Já foram privatizados os bancos estaduais do Amazonas (BEA), da Bahia (BANEB), de Goiás (BEG), de São Paulo (Banespa), do Paraná (Banestado), do Rio de Janeiro (Banerj), da Paraíba (Paraiban), de Pernambuco (Bandepe) e de Minas Gerais (Bemge).

Cláudia Paiva e Silva Diniz

07/07/2003 - 18h54

Olimpíada no Brasil vai dar novo rumo para jovens e crianças, acredita Zequinha Barbosa

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Se o Rio ganhar a disputa para sediar as Olimpíadas de 2012, vai ser dado novo rumo para as crianças e jovens do país, disse hoje o ex-corredor e medalhista Zequinha Barbosa. Depois de acompanhar a eleição na sede do BNDES, ele fez um desabafo. "Se você for perguntar a uma criança ou um adolescente quem foi um Aurélio Miguel, um Robson Caetano, um Joaquim Cruz eles não sabem, mas se falar em Fernandinho Beira-Mar, Batoré, Elias Maluco ou Andinho eles sabem".

O atleta fez uma comparação com os deslocamentos de traficantes nas cidades brasileiras e indagou:" Pergunta se o Robson, o Joaquim ou eu quando ganhamos medalha tinha um comboio de 100 pessoas ou andamos de helicóptero?"

Zequinha, que desenvolve atualmente um projeto social de esporte em Campo Grande (MS) disse que a data de hoje deve ser lembrada para sempre, porque o Brasil apresentou dois projetos na disputa para trazer para o país uma competição olímpica. "Quem ganhou com isso foi o esporte nacional".

07/07/2003 - 18h50

Presidente da CPI dos Bingos pede proteção policial

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil – Abr) – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara de Vereadores, que investiga a atuação das casas de Bingo no estado, Alberto Salles, pediu hoje proteção policial ao secretário de Segurança Pública do Estado, Anthony Garotinho.
Ele contou que recebeu ameaças, pelo celular, de que " sr machucaria" caso não desistisse da CPI. Depois disso, dois carros da família dele foram roubados. Para o vereador, os fatos deixam claro que "não se trata de uma brincadeira de mau gosto".

Alberto Salles revelou que já estava preocupado com os resultados das fiscalizações que a Defesa do Consumidor vem realizando em estabelecimentos comerciais, e que resultaram diversas interdições, multas e a prisão em flagrante de um gerente do supermercado Carrefour
da Barra da Tijuca..

Na semana passada, o vereador encaminhou aos secretários de Fazenda, Francisco Almeida, e de Governo, João Pedro Figueira, requerimentos solicitando o envio da legislação que regulamenta o funcionamento das casas de bingo e diversões, inclusive leis municipais que norteiam o licenciamento dessas casas, além da relação de todas as casas de bingo que estão funcionando legalmente e as que se encontram em processo de legalização.

07/07/2003 - 18h48

Servidores públicos vão entrar em greve contra a reforma da Previdência

Brasília, 7/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os servidores públicos estão decididos a fazer greve a partir de amanhã. A afirmação é dos representantes da Federação Nacional dos Servidores da Previdência Social (FENAS), João dos Santos. Representantes de entidades de servidores foram convocados hoje, às pressas, pelo ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, e pela Casa Civil para discutir a proposta do Executivo de reforma da Previdência. Mas a reunião não fez os servidores abrirem mão da greve. João dos Santos disse que a categoria está irredutível a alguns pontos da reforma e só aceita fazer negociações se a PEC 40 for retirada imediatamente do Congresso Nacional. Ele defende que com a proposta no Legislativo não é possível negociar com o governo. Se acontecer, será a primeira paralisação nacional no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Amanhã, às 10h, servidores vão fazer uma assembléia geral para discutir as estratégias da greve. João acredita que a greve será por tempo inderminado e terá a adesão de 80% dos servidores.

07/07/2003 - 18h38

Rio: funcionários do Banco Central páram amanhã

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil – Abr) – Os funcionários do Banco Central vão aderir à greve dos servidores públicos federais prevista para esta terça-feira e voltarão a cruzar os braços por 24 horas. A decisão, segundo nota divulgada no Rio pela assessoria de Imprensa do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), é que a paralisação, a terceira da categoria em menos de um mês, afetará, principalmente, as atividades do Departamento de Meio Circulante – Mecir (encarregado de distribuir o dinheiro na rede bancária das principais cidades).

Assim como já ocorreu na última paralisação, os servidores do BC também realizarão manifestações nas 10 regionais do BC, incluindo a sede, em Brasília, reivindicando a aprovação imediata do Plano de Cargos e Salários da categoria.

Segundo o presidente do Sinal, Sérgio Belsito, o BC está à beira do caos. Vem sofrendo uma evasão grande de servidores e a situação poderá se agravar com a atual proposta do governo para a reforma da Previdência, daí a adesão ao movimento.

"Cerca de 800 funcionários dos 4,6 mil devem deixar o banco este ano para evitar as novas regras da aposentadoria e 1,5 mil nos próximos três anos. Ou seja, em pouco tempo o banco poderá ter apenas 2,5 mil funcionários para manter suas principais funções", afirmou Belsito. No Rio de Janeiro, os funcionários farão um ato de protesto, na porta do Banco, com show de chorinho e distribuição de churros, cachorro-quente e pipoca ao público.

07/07/2003 - 18h38

Malan manifesta sua confiança no Brasil, na primeira palestra depois da quarentena

Rio, 7/7/2003 (Agência Brasil - ABr) – O ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, manifestou hoje, em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF/RJ), sua "confiança no Brasil e em seu futuro, apesar dos problemas, por conta da capacidade de mudança das visões, percepções e práticas do ato complexo de governar". Ele elogiou a mudança de postura e de discurso que o governo Luiz Inácio Lula da Silva vem adotando desde o ano passado, o que faz parte de um genuíno processo democrático.

"Não sabemos ainda em que extensão esse novo governo vai mudar o país", afirmou, acrescentando que se sabe, no entanto, "que o Brasil mudou e vem mudando o principal partido de oposição". O ex-ministro disse que vê esse fato como algo extremamente positivo. Ele externou mais uma vez sua expectativa de que o atual governo possa continuar o processo de avaliação e reavaliação de suas posturas anteriores, porque assim "as coisas têm condições de caminhar na direção correta".

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A) divulgada hoje pelo Boletim Focus do Banco Central, que passou de cerca de 7% para 6,75%, permite, segundo Malan, prever que a tendência de declínio da taxa de juros pode ser consolidada. Ele disse que as condições para que isso ocorra estão dadas, mas não quis especular sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Sobre qual seria o juro ideal real para permitir a retomada do crescimento no país, Malan respondeu que "é bem menor do que o atual", e além disso deve-se levar em conta a inflação em queda e o câmbio flutuante.

Em sua primeira palestra depois da quarentena obrigatória, Malan afirmou que a economia brasileira pode crescer de maneira sustentável, a taxas mais elevadas, mas lembrou que para isso não existem "mágicas, pirotecnia nem coelho para tirar da cartola". Nesse ponto, ele disse que sua opinião coincide com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando afirmam que o crescimento pode e deve ser alcançado a partir da estabilidade macroeconômica continuada, da estabilidade político-administrativa, institucional, jurídica, da credibilidade e confiança e "clareza de regras do jogo nos contextos regulatórios", como essencial para viabilizar investimentos.

Como exemplo, citou o agronegócio que, em cinco anos, cresceu mais de 6% em termos reais, em função do aumento da produtividade e da incorporação de progressos tecnológicos e novos métodos de gestão. Para ele, a eficiência e produtividade, aliadas às liberdades individuais e à justiça social são conceitos-chave para assegurar de forma duradoura o crescimento.

Divulgar conteúdo